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CIÊNCIA

Primeiras imagens de um buraco negro

A teoria da relatividade de Einstein, formulada há pouco mais de um século, foi confirmada nesta quarta-feira através das primeiras imagens de um buraco negro, façanha alcançada graças a um Telescópio do horizonte de eventos. A proeza foi testemunhada em todo o planeta através de seis conferências de imprensa simultâneas.

A imagem deste buraco negro é uma proeza científica. São as primeiras imagens obtidas pelo homem..
A imagem deste buraco negro é uma proeza científica. São as primeiras imagens obtidas pelo homem.. Event Horizon Telescope (EHT)/National Science Foundation/Handou
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José Afonso é coordenador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço do Porto, em Portugal, ele alega que se tratou de um momento "fantástico" que permite comprovar exactamente a teoria da relatividade formulada por Einstein há pouco mais de um século.

A Teoria da relatividade geral de Einstein conseguiu "formalizar matematicamente as equações que regem um buraco negro".

"E desde essa altura, desde 1915 temos vivido e estudado o universo acreditando que os buracos negros existem, vendo os efeitos deles, porque há coisas que não se conseguem explicar doutra forma (o movimento das galáxias ou do material mais próximo do centro da galáxia só pode ser explicar por algo muito maciço que esteja no centro da galáxia), mas até agora não tinhamos conseguido vê-lo."

"Vimos com estas imagens uma sombra negra rodeada de uma auréola de luz. As previsões que eram feitas para este buraco negro previam, exactamente, esse cenário e até a auréola mais brilhante de um lado do que do outro".

Esta observação foi garantida através de uma série de telescópios dispersos pela terra que conseguiram trabalhar em uníssono permitindo alcançar-se estas imagens inéditas, confirma este perito português.

Um cenário que até agora era do domínio apenas da ficção científica.

A teoria de Einstein foi confirmada exactamente pela observação "com uma precisão tão grande que é uma coisa admirável." As imagens são iguaizinhas ao que era expectável, ou seja as equações de Einstein".

06:06

José Afonso, coordenador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço do Porto, em Portugal

 

 

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