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Iémen

Trégua parcial no Iémen

A ONU conseguiu uma trégua em várias regiões devastadas do Iémen, graças a um acordo alcançado na Suécia. A trégua parcial chega quatro anos depois do início da guerra que fez 10.000 mortos e que ameaça 20 milhões de pessoas de morreram à fome.

António Guterres, Secretário-Geral da ONU. 13 de Dezembro de 2018.
António Guterres, Secretário-Geral da ONU. 13 de Dezembro de 2018. Jonathan NACKSTRAND / AFP
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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o seu enviado especial para o Iémen, Martin Griffiths, conseguiram uma trégua parcial em território iemenita. As partes em conflito chegaram, nomeadamente, a acordo para um cessar-fogo, “nos próximos dias”, em Hodeida. Este é o maior porto de abastecimento do Iémen, por onde entra a ajuda essencial num país onde se vive “a pior crise humanitária do mundo”, de acordo com a ONU.

As forças governamentais (apoiadas por uma coligação militar dirigida pela Arábia Saudita sunita) e os combatentes houthis (apoiados pelo Irão xiita) devem retirar-se da cidade e do porto que são actualmente controlados pelos insurgentes e são alvo dos ataques da coligação pro-governamental. A ONU deverá desempenhar um papel no controlo do porto, segundo António Guterres.

Depois do acordo, as partes devem voltar a reunir-se no final de Janeiro para tentarem encontrar uma solução política. Para já, a trégua parcial vai permitir “melhorar a vida de milhões de iemenitas”, afirmou o secretário-geral da ONU.

Esta sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU reuniu-se em Nova Iorque e na próxima semana deve ser adoptada uma resolução para oficializar o acordo, segundo a agência France Presse.

O acordo foi concluído com um aperto de mão simbólico entre o ministro iemenita dos Negócios Estrangeiros, Khaled al-Yémani, e o negociador-chef dos houthis, Mohammed Abdelsalam. Porém, o ministro iemenita advertiu que o acordo da retirada de Hodeida "é hipotético até acontecer mesmo".

Por resolver ficam muitas questões, alertou António Guterres. Desde logo, a reabertura do aeroporto da capital Sanaa e a falta de acordo para relançar uma economia em ruínas.

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