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Alemanha reintroduz controlo provisório nas fronteiras

Este fim de semana a Alemanha viu duplicar a chegada de refugiados comparando com o fim-de-semana anterior. Entre ontem e hoje calcula-se que darão entrada no país 40 mil novos migrantes e refugiados. Berlim decidiu reintroduzir o controlo provisório de fronteiras e interrompeu a circulação de comboios vindos da Áustria.

Espaço que recebe migrantes que chegam à Alemanha
Espaço que recebe migrantes que chegam à Alemanha ©REUTERS/Michaela Rehle
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Milhares de migrantes continuam a chegar à Alemanha, num momento em que se mantém discórdias entre países da Europa Oeste e de Leste relativamente ao acolhimento de refugiados.

Ontem chegara mais de 13.000 pessoas à Alemanha, só do país vizinho da Hungria chegaram mais de 4300 refugiados. O ministro alemão do interior, Thomas de Maizière, declarou que os refugiados que chegam à Europa não deveriam poder escolher o país de acolhimento.

Em Viena de Áustria, as autoridades anunciaram que esperavam receber hoje uma nova vaga de migrantes vindos da Hungria.

Por seu turno, Budapeste atingiu um novo recorde de acolhimento de refugiados e fechar novamente a fronteira com a Sérvia. Ontem deram entrada 4330 migrantes no país.

 Em Madrid como noutras capitais europeias, decorrem manifestações de apoio aos refugiados, juntando-se às milhares de pessoas que ontem saíram para as ruas de Londres e Copenhaga. O governo francês apelou hoje a União Europeia a acelerar a aplicação de um plano comum para acolher os refugiados que chegam à Europa bem como condenar as medidas levadas a cabo pela Hungria.

"A Europa está perante uma escolha histórica, em termos de valores e dignidade no que toca ao acolhimento de refugiados, mas também quanto à eficácia das resoluções" afirmou o secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus, Harlem Désir à RFI.

Para a especialista em questões de migrações do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em Portugal, Elsa Lechner, "há que chama a atenção para a responsabilidade do ocidente nestes conflitos. De certa maneira há uma consequência de um acto que tem responsabilidade ocidental. As pessoas fogem do conflito, fogem das opressões, fogem das prosseguições e procuram segurança. A quantidade de crianças e de famílias, de pessoas idosas, de mulheres grávidas que se vêem nas imagens captadas pelos repórteres. Não se trata de um capricho, as pessoas estão mesmo a fugir de conflitos e à procura de segurança para viver e têm que ser acolhidas. É preciso alertar para uma manipulação dos números no sentido de criar o medo".

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Especialista em questões de migrações do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, em Portugal, Elsa Lechner,

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