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Vida em França

Gabriel Attal escolhido por Emmanuel Macron a pensar nas europeias e em 2027

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O novo primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, chega ao Palácio de Matignon numa altura em que o Presidente Emmanuel Macron prepara as eleições europeias em Junho e também as presidenciais de 2027. Dois desafios preocupantes face a uma extrema-direita que continua a ganhar popularidade.

Gabriel Attal assumiu as funções de primeiro-ministro na terça-feira.
Gabriel Attal assumiu as funções de primeiro-ministro na terça-feira. AP - Ludovic Marin
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Emmanuel Macron nomeou esta semana um novo primeiro-ministro e a escolha recaiu sobre Gabriel Attal, até agora ministro da Educação, e um fiel da primeira hora do Presidente da República.

Aos 34 anos, a nomeação deste jovem de famílias abastadas que frequentou algumas das melhores escolas francesas e entrou muito novo para gabinetes ministeriais, está a marcar a história da França, algo que o próprio mencionou no seu discurso de posse.

"O Presidente mais jovem da História, nomeia o primeiro-ministro mais jovem da história", lembrou Gabriel Attal.

Esta é uma nomeação que ocorre em ano de eleições europeias, onde a extrema-direita pode ter muito bons resultados, e já projectando as eleições presidenciais de 2027, onde Attal pode vir a ser o candidato apoiado por Emmanuel Macron. Uma nomeação que não surpreendeu e que vem colmatar os falhanços da sua predecessora, como relatou em entrevista à RFI a historiadora Adeline Afonso.

"A escolha do Gabriel Attal também foi pensada nas próximas eleições europeias e talvez a longo prazo, pensar no gabriel Attal como um possível sucessor, já que Emmanuel Macron não se pode candidatar de novo", indicou a historiadora.

No entanto, para chegar a esse combate daqui a três anos, terá de levar a cabo concessões à esquerda e à direita, já que o partido do Presidente não tem maioria absoluta na Assembleia Nacional, e tentar manter intacta a sua popularidade, que actualmente é das mais elevadas entre todas as figuras políticas em França.

"Sobre os desafios, são os mesmo que teve a anterior primeira-ministra, tentar governar não tendo maioria absoluta e isso é sempre muito complicado porque para fazer passar leis, Elisabeth Borne não teve outra hipótese senão accionar o 49.3 da Constituição que é muito impopular e mostra uma forma de governar bastante agressivo. E isso é um desafio para Attal porque a sua popularidade pode cair e vai afecta-lo queira chegar ao Palácio do Eliseu", concluiu a historiadora.

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