Cabo Verde: Programa em São Vicente permite acesso a materiais de construção
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Duzentas famílias da ilha do barlavento cabo-verdiano de São Vicente beneficiam da plataforma de bolsa de troca virtual comunitária incentivada pelo Centro Social SOS do Mindelo.
No âmbito do programa -Reforço Familiar das Aldeias Infantis SOS de Cabo Verde- duzentas famílias na ilha de São Vicente estão a beneficiar da plataforma de bolsa de troca virtual comunitária, que é um subprograma , através do qual as famílias solicitam materiais para a melhoria habitacional e em troca oferecem serviços, bens e produtos, sem necessidade de usar dinheiro.
As duzentas famílias foram escolhidas nas comunidades de Monte Sossego, Fonte Felipe, Ribeira Bote e Ribeirinha. Na comunidade de Ribeira Bote, conversámos com a assistente social, Noémia Lopes, técnica do Centro Social SOS do Mindelo que acompanha a execução da bolsa de troca virtual comunitária.
Na comunidade de Monte Sossego são 60 famílias a serem beneficiadas com a plataforma bolsa de troca virtual comunitária, em Ribeira Bote, Fonte Felipe e Ribeirinha são 140 famílias no total.
A assistente social, Vânia Lopes que acompanha a execução do projecto em Fonte Felipe e Ribeirinha explica que muitas famílias vivem em casas de lata e com o aproximar da época das chuvas há um forte apelo para adesão à bolsa de troca virtual comunitária e recorda que inicialmente algumas famílias receiaram entrar no projecto.
No sistema de bolsa de troca virtual comunitária as associações têm um papel fundamental. Em Monte Sossego onde o projecto começou a ser implementado pelo Centro Social SOS de São Vicente conta com a Associação de Moradores e Amigos de Monte Sossego e a Associação Comunitária Alto Bomba Unido.
O presidente da ONG, Aldevino Fortes explica que as associações que conhecem realmente as condições de vida das famílias que vão sendo beneficiadas com os produtos.
A bolsa de troca virtual comunitária que está a ser experimentada na ilha de São Vicente pelas Aldeias Infantis SOS de Cabo Verde decorre até Dezembro de 2024 e tem a finalidade, também, de evitar o assistencialismo.
Neste momento as associações parceiras do projecto piloto estão no terreno a mobilizar as empresas de venda de produtos de construção a aderirem à bolsa de troca virtual comunitária aceitando que os beneficiários paguem com serviços pelos produtos recebidos.
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