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Ucrânia

Vésperas do segundo aniversário do começo da ofensiva russa na Ucrânia

Em vésperas de se cumprir o segundo aniversário do início da ofensiva russa na Ucrânia e numa altura em que os Estados Unidos acabam de anunciar um novo pacote de sanções contra mais de 500 entidades ligadas à "máquina de guerra russa", a França também anunciou que vai organizar na segunda-feira uma conferência internacional de apoio à Ucrânia.

Tropas ucranianas na frente leste do conflito, no dia 4 de Fevereiro de 2024.
Tropas ucranianas na frente leste do conflito, no dia 4 de Fevereiro de 2024. AFP - YASUYOSHI CHIBA
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No intuito de reafirmar o seu apoio a Kiev, ontem a presidência francesa anunciou que vai organizar no começo da semana que vem uma reunião com vários dirigentes mundiais no sentido de discutir novas propostas de soluções e de assistência para a Ucrânia.

Esta reunião deveria acontecer num contexto em que a Ucrânia está a encontrar dificuldades no terreno devido à diminuição da ajuda internacional, apesar de os seus aliados ocidentais reiterarem em várias ocasiões que apoiam este país.

Ainda hoje, os dirigentes do Conselho da Europa, instituição cuja missão é garantir o Estado de direito no continente, reafirmaram nesta sexta-feira o seu apoio "indefectível" à Ucrânia. No mesmo sentido, numa tribuna comum publicada hoje para assinalar o segundo aniversário do começo do conflito da guerra, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disseram que a União Europeia "mais do que nunca, permanece unida e fiel à sua promessa de apoiar a Ucrânia enquanto for necessário".

Por sua vez, em deslocação hoje em Kiev, o Presidente do Senado americano, Chuck Schumer, prometeu continuar "a lutar" até que Washington conceda à Ucrânia o envelope de 60 mil milhões de Dólares adoptado há uma semana pelos senadores mas bloqueado na Câmara dos Representantes, de maioria republicana.

Donald Trump, candidato à investidura republicana para as presidenciais de Novembro, não esconde ser contra este novo pacote de ajuda à Ucrânia e tem usado a sua influência para impedir este projecto de ir avante.

Apesar de não conseguir, para já, ajudar materialmente a Ucrânia, os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra mais de 500 pessoas e entidades ligadas ao esforço de guerra da Rússia e também em resposta à morte anunciada há uma semana do opositor russo Alexeï Navalny.

Entre as pessoas visadas pelas novas sanções americanas figuram três funcionários russos alegadamente envolvidos na morte de Navalny, assim como empresas de 26 países, pessoas de 11 países, entre os quais a China e a Alemanha, acusadas pelo departamento de Estado americano de ter alimentado a máquina de guerra russa ou de terem ajudado Moscovo a contornar as sanções internacionais.

Entretanto, no plano militar, a violência continua. Três pessoas foram mortas na noite de ontem para hoje num bombardeamento com drones russos em Odessa, no sul do país, indicou o governador regional. As autoridades do leste do país deram igualmente conta de um morto num ataque russo contra Myrnohrad, na região de Donetsk, havendo igualmente indicação de uma centena de ataques nestas últimas 24 horas nomeadamente junto de Mariinka, um dos epicentros dos bombardeamentos juntamente com Avdivka, igualmente no leste da Ucrânia.

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