Guerra/Ucrânia

Ucrânia: Zelensky substitui chefe das Forças Armadas

O Presidente ucraniano decidiu levar a cabo mudanças na liderança militar do país. Volodymyr Zelensky demitiu, esta quinta-feira, o chefe das forças armadas, Valeriy Zaluzhnyi, e substituiu-o por Oleksandr Syrskyi, uma decisão que está a ser muito contestada no país.

Publicado a: 09/02/2024 - 12:10

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Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, com Valery Zaloujny, antigo chefe das Forças Armadas da Ucrânia. AP

Por: RFI

Sem dar muitas explicações, Volodymyr Zelensky disse que tinha chegado o momento de fazer mudanças na chefia militar do país, nomeando Oleksandr syrskyi para chefe do exército, ele que até então assumia apenas funções como comandante das forças terrestres.

Após meses de especulação sobre uma possível relação tensa entre Zelensky e Zaluzhnyi, o chefe de Estado tomou a decisão de afastar este general de Kiev, que era bastante popular no país, mas deixou a ressalva de que este elemento do exército deverá “permanecer na sua equipa”.

Esta mudança de peso acontece numa altura em que Zelensky voltou a reiterar que quer inflingir “perdas sistemáticas” às forças russas neste ano de 2024. A decisão está, contudo, a ser criticada pelos principais partidos da oposição que consideram que se trata “de um grande erro”, que não será entendido nem pela comunidade internacional, nem pela própria sociedade ucraniana.

"Espero que as autoridades justifiquem estas mudanças perante a sociedade", referiu Vitali Klichko, Presidente da Câmara de Kiev

Entretanto, o Presidente russo, deu uma longa entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson, a primeira concedida a um jornalista ocidental desde o início da guerra. Vladimir Putin disse que uma derrota russa na Ucrânia é "impossível" e garantiu que “não tem interesse” em invadir a Polónia, Letónia ou outro país da Aliança Atlântica e alega que só o faria, caso o território russo fosse atacado pela NATO.

Quanto à situação no terreno, a Rússia disse, esta sexta-feira, ter neutralizado 19 drones ucranianos em quatro regiões, que teriam como alvo infraestruturas energéticas no país.