Senado americano valida ajuda à Ucrânia sem garantias de concretização
O Senado americano onde os Democratas dispõem de uma curta maioria, adoptou esta madrugada um programa de ajuda de um pouco mais de 95 mil milhões de Dólares a favor da Ucrânia, Israel e Taiwan, mas este projecto corre sérios riscos de não passar pelo crivo da Câmara dos Representantes onde os republicanos são maioritários.
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Com 29 votos contra e 70 votos a favor, ou seja mais 10 do que o mínimo de 60 votos necessários para a sua adopção, o Senado validou este projecto que prevê a atribuição de um envelope de 14 mil milhões de Dólares a favor de Israel, quase 5 mil milhões para Taiwan, 61 mil milhões a favor da Ucrânia e um pouco mais de 9 mil milhões de Dólares destinados à ajuda humanitária às populações das zonas em conflito, incluindo os civis de Gaza, da Cisjordânia e da Ucrânia.
A adopção deste apoio foi imediatamente saudada pelo Presidente Zelensky que, nestes últimos meses, tem tentado convencer os seus parceiros, nomeadamente os americanos, a continuar a ajudar o seu país no esforço de guerra.
Este projecto poderia contudo tropeçar na Câmara dos Representantes onde a maioria republicana avisou desde já que nem vai analisar o seu conteúdo, enquanto não se discutir o que a seu ver é o principal problema dos Estados Unidos, a política de migrações e fronteiras, especialmente com o México.
A questão da imigração tem sido a bandeira do Donald Trump, candidato republicano a um segundo mandato nas Presidenciais de Novembro. O político e magnata do sector imobiliário considera que a ajuda aos aliados dos Estados Unidos deveria ser fornecida sob a forma de empréstimos. Trump tem colocado igualmente em questão a participação activa do seu país na NATO, suscitando a preocupação dos aliados dos Estados Unidos.
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