Israel: Novas manifestações contra a reforma judicial
Centenas de israelitas juntaram-se esta segunda-feira, 11 de Setembro, diante do Ministério da Justiça, um dia antes da audiência do Supremo Tribunal analisar a reforma judicial, impulsionada pelo Governo de Benjamin Netanyahu.
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Centenas de manifestantes juntaram-se esta manhã diante do Ministério da Justiça na véspera do Supremo Tribunal sobre a reforma judicial impulsionada pelo Governo de Benjamin Netanyahu.
Depois vários recursos apresentados pela sociedade civil, amanhã, terça-feira, 15 juízes do Supremo Tribunal reúnem-se para analisar a reforma judicial, adoptada em Julho pelo Knesset, parlamento israelita.
Esta reforma impede os tribunais de utilizarem padrões judiciais de “razoabilidade” para examinar as decisões do Governo, a chamada “cláusula de razoabilidade”.
Até ao momento, as várias tentativas para se chegar a um acordo entre Benjamin Netanyahu e a oposição, sobre a reforma judicial, fracassaram, deixando antever a deterioração da crise política que se vive no país. Contudo, a decisão do Supremo Tribunal não pode intervir, antes de Janeiro, deixando a ambos os lados tempo para poderem encontrar um compromisso.
Na história do Estado judaico, será a primeira vez que o Supremo pode interceder perante uma emenda legislativa.
Os opositores desta reforma denunciam um “atentado à democracia”, enquanto os apoiantes de Netanyahu, que lidera o Governo mais à direita da história de Israel, defendem que esta reforma é necessária para evitar “um governo de juízes”.
O chefe de Estado de Israel, Isaac Herzog, tem apelado à proteção e ao respeito da "independência e solidez do sistema judicial" e tentou retomar as negociações entre Governo e oposição para garantir uma reforma consensual, mas até agora sem sucesso.
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