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Turquia

Zelensky defende que é possível continuar a exportação de cereais sem a Rússia

Kiev, Ucrânia – O ataque à ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia ocupada, fez dois mortos. Sem reivindicar o ataque, Zelensky escreveu hoje que ninguém se pode esquecer de como tudo começou, numa referência indirecta à invasão russa da Crimeia em 2014. O presidente ucraniano acaba, entretanto, de defender que é possível continuar a exportação de cereais pelo Mar Negro, apesar da Rússia não ter renovado o acordo com a ONU e a Turquia.

O presidente ucraniano, Volodymy Zelensky, defendeu esta segunda-feira que é possível continuar a exportação de cereais pelo Mar Negro, apesar da Rússia não ter renovado o acordo com a ONU e a Turquia.
O presidente ucraniano, Volodymy Zelensky, defendeu esta segunda-feira que é possível continuar a exportação de cereais pelo Mar Negro, apesar da Rússia não ter renovado o acordo com a ONU e a Turquia. AFP - HANDOUT
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Em dia de ataque à Crimeia, Zelenksy escreve que "ninguém se pode esquecer de como tudo começou " e reafirma acordo de cereais

O ataque à ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia ocupada, fez dois mortos. Sem reivindicar o ataque, Zelensky escreveu hoje que ninguém se pode esquecer de como tudo começou, numa referência indirecta à invasão russa da Crimeia em 2014.O presidente ucraniano acaba, entretanto, de defender que é possível continuar a exportação de cereais pelo Mar Negro, apesar da Rússia não ter renovado o acordo com a ONU e a Turquia.

Kiev acredita que é possível continuar a exportar os cereais ucranianos mesmo com a retirada russa do entendimento mediado pela ONU e pela Turquia.

Numa nota divulgada esta tarde aqui em Kiev, o Presidente ucraniano lembra que o acordo que rubricou sobre exportação de cereais mantém-se em vigor, pois foi assinado com a Turquia e com a ONU. Zelensky assinala que o que foi interrompido foi o acordo entre estes países e a Rússia, uma vez que Kiev e Moscovo nunca assinaram um entendimento entre ambos os países. Com esta nota Zelensky reafirma o acordo que assinou com Guterres e Erdogan.

A Rússia sustenta que a decisão não é uma resposta ao ataque de hoje à ponte de Kerch que liga o território russo à Crimeia. Embora oficialmente não haja uma reivindicação ucraniana nesse sentido, Moscovo acusa Kiev de usar dois drones navais para atingir a ponte fazendo pelo menos dois mortos.

Para perceber as entrelinhas, há que saber de história. Para os ucranianos, 24 de Fevereiro de 2022 não foi o dia da guerra, apenas a da invasão em larga escala, uma vez que tudo começou em 2014 com a tomada da Crimeia pelos russos. Não será inocente o texto hoje publicado pelo presidente ucraniano nas suas redes sociais onde Zelensky escreve que “há ainda um longo caminho a percorrer para libertar todo o território da ocupação” e pedindo que "ninguém se esqueça como tudo começou", numa referência à Crimeia ocupada em 2014

O ataque à ponte de Kerch, inaugurada em 2019 por Vladimir Putin é uma repetição do que aconteceu em Outubro de 2022 e acontece precisamente na véspera do início de um congresso de especialistas internacionais chamados aqui a Kiev para discutir nos próximos dois dias o futuro da Crimeia.

Ouça aqui a correspondência de José Pedro Frazão, correspondente na Ucrânia.

01:31

Correspondência da Ucrânia, 17/07/2023

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