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Qatargate

Luxemburguês eleito vice-presidente do Parlamento Europeu no lugar de Eva Kaili

Os parlamentares europeus acabam esta quarta-feira de eleger o eurodeputado luxemburguês Marc Angel, 59 anos, vice-presidente do Parlamento Europeu em substituição da grega Eva Kaili, detida desde o passado mês de Dezembro juntamente com outros responsáveis políticos no âmbito do escândalo ‘Qatargate’.

Hemiciclo do Parlamento Europeu.
Hemiciclo do Parlamento Europeu. AP - Jean-Francois Badias
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Marc Angel, deputado desde 2019 no seio do grupo dos socialistas e democratas do Parlamento Europeu tornou-se hoje um dos 14 vice-presidentes deste órgão, após ter sido eleito com 307 votos, a maioria absoluta, na segunda volta de uma consulta realizada esta quarta-feira com vista a designar o sucessor de Eva Kaili.

A antiga vice-presidente do Parlamento Europeu entretanto destituída do seu cargo, foi detida em Dezembro depois de vir à tona a suspeita da existência de um esquema de corrupção envolvendo responsáveis europeus em proveito do Qatar. No âmbito do que foi chamado de ‘Qatargate’, as autoridades belgas apreenderam até agora 1,5 milhões de Euros em notas e procedeu à detenção de 4 suspeitos em Dezembro.

Tanto Eva Kaili como o seu companheiro, o assistente parlamentar Francesco Giorgi, assim como Niccolo Figa-Talamanca, secretário-geral da ONG ‘No Peace Without Justice’, como ainda Pier Antonio Panzeri, responsável da ‘Fight impunity’, uma ONG de luta contra a corrupção, estão detidos há cinco semanas e foram formalmente acusados de "pertencerem a uma organização criminosa", de"branqueamento de capitais" e de "corrupção".

Nesta terça-feira, a justiça belga anunciou que um destes suspeitos, Pier Antonio Panzeri, aceitou colaborar com os investigadores.

Nos termos deste acordo, Antonio Panzeri, suspeito de ter servido de intermediário no esquema de corrupção, comprometeu-se a dar informações sobre o modo operatório, os termos dos acordos financeiros estabelecidos com os Estados envolvidos, a identidade das pessoas que "ele admite ter corrompido" e sobre o envolvimento de pessoas "ainda desconhecidas" neste dossier.

Em troca, o responsável de ONG e também antigo eurodeputado negociou uma pena de prisão efectiva que não deveria exceder um ano. De acordo com a sua defesa, "uma pena de cinco anos vai ser pronunciada, mas com uma suspensão para a parte excedendo um ano. Isto significa que vai cumprir um ano de prisão, do qual uma parte com pulseira electrónica".

No âmbito da investigação, foi anunciada hoje a detenção em Itália de Rossana Bellini, contabilista de Panzeri, acusada de "associação criminosa", "corrupção" e "branqueamento de capitais".

A justiça belga reclamou por outro lado o levantamento da imunidade de dois eurodeputados socialistas que pretende ouvir sobre o caso, o belga Marc Tarabella e o italiano Andrea Cozzolino.

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