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Eleições

Timor-Leste organiza maiores eleições presidenciais de sempre

Timor-Leste vai a votos neste sábado para escolher o próximo Presidente da República Democrática deste país, com esta jovem democracia a bater recordes do número de eleitores e de candidatos, temendo o aumento da abstenção.

Timor-Leste vai organizar eleições presidenciais históricas neste sábado.
Timor-Leste vai organizar eleições presidenciais históricas neste sábado. AFP/File
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Timor-Leste vai às urnas no sábado para as eleições presidenciais mais disputadas de sempre, com 16 candidatos a apresentarem-se a esta corrida eleitoral. Esta é também a eleição onde há mais timorenses recenseados, estimando-se uma participação de 850 mil pessoas.

O grande embate político será entre o atual Presidente, Francisco Guterres Lú-Olo, e Ramos-Horta, prémio Nobel da Paz em 1996 pela luta pela independência do seu país e também ex-Presidente. Não é a primeira vez que estas duas figuras políticas se confrontam, com Lu-Olo a contar com o apoio da FRETILIM e Ramos-Horta é candidato do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense.

Alguns candidatos repetentes são Ângela Freitas e Rogério Lobato, havendo também estreantes como Mariano Sabino ou Antonio da Conceição. Outro candidato de relevo é Lere Anan Timur, ex-chefe das Forças Armadas.

Devido ao grande número de candidatos, o debate transmitido na televisão privada timorenses e nas redes sociais durou mais de seis horas, sendo muito criticado pelos próprios candidatos, que consideraram que as perguntas foram monótonas e sem interesse.

Os principais temas da campanha prendem-se ainda com a independência de Timor-Leste e a necessidade de manter a paz, justiça e liberdade dentro da jovem democracia, havendo também preocupações com a situação sanitária, a juventude e agricultura.

Teme-se agora o aumento da abstenção, já que devido à covid-19, muitos timorenses abandonaram o país em busca de trabalho, não se tendo recenseado nos locais para onde emigraram. A abstenção também tem estado a aumentar no país desde as primeiras eleições livres.

De forma a atestar a regularidade deste processo eleitoral, estão em Timor mais de 30 associações nacionais e internacionais, entre elas equipas da CPLP e da União Europeia, com estas organizações a serem apoiadas por cerca de 50 funcionários locais.

As eleições deste sábado podem ter uma segunda volta caso nenhum dos candidatos reúna mais de 50% dos votos.

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