Timor Leste: Ramos Horta volta a candidatar-se às eleições presidenciais
O antigo Prémio Nobel da Paz, José Ramos Horta, é o candidato do CNRT às eleições presidenciais de Março em Timor Leste. O ex presidente timorense é o candidato do partido de Xanana Gusmão que já avisou que recomendaria a dissolução do parlamento e eleições legislativas antecipadas.
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A primeira volta das eleições presidenciais está agendada para 19 de Março.
O CNRT (Congresso Nacional da Reconstrução Timorense), do antigo primeiro-ministro Xanana Gusmão, apresentou neste domingo a candidatura de José Ramos Horta ao escrutínio.
O antigo Prémio Nobel da Paz que, pelo passado, já tinha apoiado, porém, a Fretilin nas eleições legislativas antecipadas de 2018.
Chefe de Estado entre 2007 e 2012 Ramos Horta chegou a estar na Guiné-Bissau como enviado especial da ONU, tendo sido nomeado em 2013.
Antigo primeiro-ministro e ex chefe da diplomacia ele foi durante décadas o rosto da resistência timorense à ocupação indonésia.
Facto que o levaria a ser consagrado pelo Comité Nobel com o Prémio Nobel da paz, conjuntamente com o bispo D. Ximenes Belo em 1996.
Jornalista de formação Ramos Horta esteve ligado tanto à imprensa escrita, como à rádio e à televisão.
José Ramos Horta alega ter-se deixado convencer pelos muitos pedidos para que voltasse à presidência timorense nos últimos meses.
Timor Leste vive actualmente um clima de contestação política devido à situação no parlamento, sendo contestada a legitimidade de Aniceto Guterres na liderança do hemiciclo, a começar, precisamente, por Ramos Horta.
"Não procurei, não procuro o poder. Não procuro fama ou bens materiais. Decidi, depois de meses de hesitação, de reflexão quando, ao longo de meses, fui recebendo tanto e tantos apelos e solicitações de todo o país. Decidi aceitar concorrer por esta única razão: não defraudar os apelos, as expectativas e as esperanças de tanta gente simples, espalhada pelo país."
Instado a reagir ao facto de o CNRT recomendar que, em caso da sua eleição, de dissolva o parlamento Ramos Horta afirmou nada haver de extraordinário no facto de, como em qualquer outro país, os partidos terem "a sua agenda".
José Ramos Horta, candidato às eleições presidenciais em Timor Leste, 24/1/2022
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