Austrália reage a críticas de China após encomendar submarinos nucleares
Depois de ter aderido a uma nova aliança militar com os Estados Unidos e o Reino Unido, e cancelado contrato com a França, a Austrália refutou as críticas da China sobre a decisão de adquirir subamarinos nucleares norte-americanos. O governo australiano afirmou que está empenhado na defesa do direito internacional.
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As autoridades de Camberra afirmam que a Austrália decidiu defender o direito internacional nos espaços aéreos e marítimos reivindicados pela China.
Segundo o Primeiro-ministro australiano, Scott Morrison,a China realiza um importante programa de construção de submarinos nucleares.
Em declarações à 2GB, uma estação de rádio local, Morrison considerou que à semelhança da China ,a Austrália decidiu igualmente defender os seus próprios interesses.
A China que assemelhou a nova aliança militar, entre norte-americanos,britânicos e australianos, à mentalidade da Guerra fria, criticou vigorosamente a Austrália pela decisão de comprar submarimos de propulsão nuclear aos Estados Unidos.
O governo de Pequim qualificou a decisão do seu homólogo de Camberra como irresponsável e ameaçadora, para a estabilidade na região do Indo-Pacífico.
As autoridades chinesas consideram que a aquisição australiana põe em causa os esforços internacionais pela não-proliferação de armas nucleares.
Inicialmente, a Austrália tinha assinado um contrato com a França para a compra de submarinos de propulsão.
A anulação do contrato pelas autoridades australianas, provocou uma tensão nas relações entre Camberra e Paris, cujo governo qualificou de pouco elegante a postura do seu homólogo da Austrália.
O novo pacto de defesa entre a Austrália, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, anunciado no dia 15 de Setembro de 2021 pelo Presidente norte-americano Joseph Biden, prevê também uma cooperação entre Washington e Canberra em matéria de defesa cibernética, bem como de inteligência artificial.
A nova aliança suscitou igualmente o descontentamento da França, que na sequência perdeu um contrato de 59 mil milhões de euros, para a construção de 12 submarinos de propulsão.
O chefe da diplomacia francês, Jean-Yves Le Drian, qualificou a decisão australiana de "punhalada nas costas" , "unilateral", "imprevísivel" e "brutal".
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