Jornalistas denunciam clima de medo em Moçambique
O governo moçambicano assegura estar a trabalhar para que os jornalistas possam exercer de forma livre e independente, num país onde a classe se queixa de estar a exercer a actividade num clima de medo.
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O ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação assegura que os jornalistas vão poder continuar a trabalhar de forma livre, independente e sem qualquer tipo de censura. Oldemiro Balói falava em Maputo por ocasião da celebração do dia mundial da liberdade de imprensa.
"Em Moçambique a censura é crime. As garantias previstas na Constituição da República são operacionalizadas pela lei de imprensa. Instrumento importante que regula tantos os direitos como as responsabilidades dos meios de comunicação e jornalistas, incluindo o direito destes à protecção das suas fontes de informação", garantiu o responsável pela diplomacia moçambicana.
A liberdade de imprensa ainda é um desafio em Moçambique. Os responsáveis consideram, por isso, que este dia remete para uma reflexão profunda, visto que os jornalistas trabalham ainda num "clima de medo e marcado pelo sensacionalismo".
No relatório anual da organização Repórteres Sem Fronteiras sobre a liberdade de imprensa no mundo, publicado na semana passada, Moçambique e Angola viram a sua situação piorar. Moçambique passou para o 93° lugar e Angola ocupa agora 125° posição.
Correspondência de Orfeu Lisboa
Guterres defende imprensa livre
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, enviou uma mensagem para assinalar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, onde pediu o “fim de todo o tipo de repressão contra jornalistas. Precisamos que os líderes defendam uma imprensa livre”.
Segundo a ONU, 102 jornalistas foram mortos em 2016 em pleno exercício da profissão.
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