Acesso ao principal conteúdo
Moçambique

Confirmada detenção de 2 polícias após suposta tentativa de assassínio de Nini Satar

Dois agentes da polícia estão detidos em conexão com a suposta tentativa de assassinato por envenenamento de Nini Satar, um dos condenados pela morte do jornalista Carlos Cardoso ocorrido na cidade de Maputo, em Novembro de 2000.

Nini Satar (centro) perante a justiça moçambicana em 2004. Imagem de Arquivo.
Nini Satar (centro) perante a justiça moçambicana em 2004. Imagem de Arquivo. FERHAT MOMADE / AFP
Publicidade

A informação foi confirmada pela Ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, que garante haver indícios para a responsabilização criminal dos envolvidos. Para já, desconhecem-se as reais motivações por detrás desta tentativa de assassinato na cadeia de máxima segurança BO, onde Nini Satar cumpre a sua pena de prisão efectiva de 24 anos.

"Em relação a este suposto caso do envenenamento do cidadão Nini Satar na cadeia, até hoje assumimos que é 'suposto' mas devo dizer que por conta deste caso estão detidas duas pessoas cuja legalização da prisão já foi feita e disso resultou a manutenção da situação prisional" assegurou a governante considerando que isto "deve ser indício de alguma coisa". 

Ao recordar que "na fase da realização da audiência da legalização da prisão, o juíz de instrução lida com indícios", a ministra disse estar a "aguardar para saber exactamente o que aconteceu", sendo que "se posteriormente se provar que houve esta tentativa", então que "sejam exemplarmente responsabilizados" os suspeitos. 

Recorde-se que foi noticiada há dias a tentativa de envenenamento de que terá sido vítima Nini Satar no Estabelecimento Penitenciário Especial de Máxima Segurança de Maputo. No âmbito desta ocorrência que tem estado a ser investigada pela Procuradoria-Geral da República, foram detidos dois agentes da Unidade de Intervenção Rápida.

Condenado a 24 anos de prisão pelo seu envolvimento no assassinato do jornalista Carlos Cardoso em Novembro de 2000 quando este último estava a investigar uma fraude no ex-Banco Comercial de Moçambique, Nini Satar saiu em liberdade condicional em 2014 por bom comportamento após cumprir metade da pena. Só que ele voltou para a cadeia em 2018, depois de escapar à vigilância das autoridades, estando agora a cumprir 12 anos de prisão já com outros crimes que lhe são imputados, como roubo, falsificação de documentos e sequestros.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.