Confirmada detenção de 2 polícias após suposta tentativa de assassínio de Nini Satar
Dois agentes da polícia estão detidos em conexão com a suposta tentativa de assassinato por envenenamento de Nini Satar, um dos condenados pela morte do jornalista Carlos Cardoso ocorrido na cidade de Maputo, em Novembro de 2000.
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A informação foi confirmada pela Ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, que garante haver indícios para a responsabilização criminal dos envolvidos. Para já, desconhecem-se as reais motivações por detrás desta tentativa de assassinato na cadeia de máxima segurança BO, onde Nini Satar cumpre a sua pena de prisão efectiva de 24 anos.
"Em relação a este suposto caso do envenenamento do cidadão Nini Satar na cadeia, até hoje assumimos que é 'suposto' mas devo dizer que por conta deste caso estão detidas duas pessoas cuja legalização da prisão já foi feita e disso resultou a manutenção da situação prisional" assegurou a governante considerando que isto "deve ser indício de alguma coisa".
Ao recordar que "na fase da realização da audiência da legalização da prisão, o juíz de instrução lida com indícios", a ministra disse estar a "aguardar para saber exactamente o que aconteceu", sendo que "se posteriormente se provar que houve esta tentativa", então que "sejam exemplarmente responsabilizados" os suspeitos.
Recorde-se que foi noticiada há dias a tentativa de envenenamento de que terá sido vítima Nini Satar no Estabelecimento Penitenciário Especial de Máxima Segurança de Maputo. No âmbito desta ocorrência que tem estado a ser investigada pela Procuradoria-Geral da República, foram detidos dois agentes da Unidade de Intervenção Rápida.
Condenado a 24 anos de prisão pelo seu envolvimento no assassinato do jornalista Carlos Cardoso em Novembro de 2000 quando este último estava a investigar uma fraude no ex-Banco Comercial de Moçambique, Nini Satar saiu em liberdade condicional em 2014 por bom comportamento após cumprir metade da pena. Só que ele voltou para a cadeia em 2018, depois de escapar à vigilância das autoridades, estando agora a cumprir 12 anos de prisão já com outros crimes que lhe são imputados, como roubo, falsificação de documentos e sequestros.
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