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Guiné-Bissau

Advogado de ex-chefe da Armada guineense diz que ele se encontra sequestrado

O advogado do ex- chefe da Armada guineense, Bubo Na Tchuto, detido por acusação de tentativa de golpe de Estado do passado dia 1 de Fevereiro, disse hoje que aquele militar encontra-se sequestrado. Marcelino Intupé afirmou que, tal como Na Tchuto, todos os detidos neste caso estão na mesma situação. 

Bubo Na Tchuto, antigo chefe da armada guineense, em Banjul, na Gâmbia, a 12 Julho de 2008.
Bubo Na Tchuto, antigo chefe da armada guineense, em Banjul, na Gâmbia, a 12 Julho de 2008. © AFP
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O advogado que representa além de Bubo Na Tchuto, mais 17 detidos, entre civis e militares, falava hoje numa conferência de imprensa.

Ao denunciar as condições de detenção das pessoas que representa, mencionando nomeadamente a sua situação de saúde, Marcelino Intupé afirmou ainda que aquelas pessoas, em números que não pôde especificar, estão em situação de sequestro.“Não estamos perante detenção, não estamos perante prisão preventiva, porque num caso como noutro, estão ultrapassados os prazos legais” apontou o advogado referindo que esta situação resulta de ordens das autoridades políticas que se recusam a cumprir decisões judiciais.

"Várias decisões judiciais estão a ser incumpridas. Houve um primeiro despacho em que se mandava libertar esses detidos. O segundo despacho também reforçou para que aquelas pessoas que estão doentes sejam levadas para tratamento. Não há cumprimento. Também houve recentemente um despacho da juiza que as absolveu totalmente das acusações, portanto já não há julgamento para essas pessoas. Também ninguém cumpriu" declarou designadamente Marcelino Intupé.

O advogado acusou ainda as instâncias internacionais, nomeadamente a União Europeia, as Nações Unidas, a Cruz Vermelha Internacional e a Amnistia Internacional de silêncio ensurdecedor perante o que chama de violação flagrante dos Direitos Humanos e desrespeito às decisões judiciais no caso dos detidos. “Todas estas instituições têm representantes na Guiné-Bissau e sabem o que se passa”, sublinhou Marcelino Intupé.

Contactada pela RFI, uma fonte da União Europeia disse entretanto que a instituição "não comenta declarações caluniosas".

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