Guiné-Bissau: Aristides Gomes deverá sair do país nos próximos dias
Na Guiné-Bissau, o ex-primeiro-ministro Aristides Gomes, de 66 anos, cujo governo foi demitido pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló e que está refugiado na sede da ONU há cerca de um ano, deverá sair do país nos próximos dias, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
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O anúncio era para ser feito pela própria chefe da diplomacia guineense, Suzi Barbosa, em conferência de imprensa, mas acabou por ser feito através de um comunicado.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros informou que Aristides Gomes pode sair do país nos próximos dias, mas apenas perante uma autorização do Ministério Público.
Aristides Gomes estaria com problemas de saúde e necessitaria de assistência médica com carácter de urgência.
O comunicado de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros salienta que Aristides Gomes vai sair das instalações da ONU, onde se encontra refugiado, de livre vontade, depois de contactos diplomáticos e de um acordo entre a representação da ONU em Bissau e o Ministério Público.
Os contactos teriam sido facilitados pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, no quadro da cooperação institucional entre os órgãos da soberania.
Lembramos que Aristides Gomes é acusado pela Procuradoria Geral da República de suspeito de crimes de peculato e participação em negócios.
Os advogados de Aristides Gomes sempre negaram tais acusações, consideram que o antigo primeiro-ministro se encontra refugiado na sede da ONU por temer pela sua segurança e reiteram que não existe nenhum processo formal contra Aristides Gomes.
Mussá Baldé, correspondente em Bissau
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