Comunidade Política Europeia mostra “unidade de 44 países europeus”
Decorreu, ontem, em Praga, a primeira reunião da nova Comunidade Política Europeia. No evento, Emmanuel Macron sublinhou que o encontro mostrou a “unidade de 44 países europeus” na condenação clara da agressão militar russa à Ucrânia, deitando por terra a ideia de que a Europa pode estar dividida.
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Os chefes de Estado e de Governo convidados para a primeira reunião da nova Comunidade Política Europeia, manifestaram esperança no “sucesso” deste novo fórum intergovernamental que envolve todos os países que desejam aprofundar a cooperação para responder a “desafios comuns”.
Na abertura da sessão plenária, no castelo de Praga, o primeiro-ministro checo Petr Fiala, ressalvou que que a nova Comunidade Política Europeia “não procura substituir qualquer uma das estruturas já existentes”, mas afirmar-se como “um espaço para a discussão aberta entre todos os líderes europeus”.
No seu discurso na sessão plenária de abertura dos trabalhos, por videoconferência, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu que a iniciativa pudesse ser “uma oportunidade para restaurar a paz na Europa”.
Emmanuel Macron, Presidente francês, estava particularmente satisfeito com a nova plataforma de diálogo alargado. Em conferência de imprensa, no final da reunião, Emmanuel Macron sublinhou a evidente “unidade de 44 países europeus, que afirmaram muito claramente a sua condenação da agressão russa e o apoio à Ucrânia. Isso tem muito valor, porque por vezes há dúvidas sobre a divisão da Europa”.
Para o chanceler alemão, Olaf Scholz, o destaque vai para a importância da iniciativa para “a paz, a ordem de segurança e o desenvolvimento económico” do continente.
Em Praga, também estava a primeira-ministra britânica, Liz Truss, que abriu as portas do Reino Unido a uma reunião da Comunidade Política Europeia, provavelmente em 2024. Antes disso, a nova Comunidade Política Europeia volta a encontrar-se na Moldova, daqui a seis meses.
À margem do encontro, o Presidente azerbaijano, Ilham Aliyev, o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, fecharam um acordo sobre o envio de uma “missão civil” para a fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão, com o objectivo de “restabelecer a confiança e contribuir para as comissões de demarcação de fronteiras”, pode ler-se no comunicado emitido depois do encontro.
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