Itália vota próximo Governo
Dia de eleições legislativas na Itália. Mais de 46 milhões de eleitores escolhem hoje um novo parlamento. As sondagens dão a extrema-direita como favorita e a abstenção a bater recordes. As urnas fecham às 23h00 locais.
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Os italianos são chamados às urnas este domingo para as eleições legislativas. A confirmarem-se as sondagens, a extrema-direita sairá vencedora do escrutínio e a Itália terá pela primeira vez uma mulher à frente do executivo. Um governo, de resto, que será o mais à direita da história do país desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
De acordo com o resultado dos últimos estudos de opinião publicados, o partido de extrema-direita 'Fratelli d'Italia', Irmãos de Itália, arrecada 24% a 25% das intenções de voto, à frente do Partido Democrático, de centro esquerda, que deverá conseguir entre 21% e 22% dos votos. O anti-sistema Movimento 5 Estrelas deve ficar-se pelos 13% a 15% e os partidos de direita e extrema-direita Liga com 12% e Força Itália pelos 8%.
A campanha eleitoral foi dominada por temas como a inflação e o preço da energia e só incluiu um debate na televisão: entre Giorgia Meloni, do partido Irmãos de Itália, e Enrico Letta, do Partido Democrático.
Uma campanha morna que decorreu em plenas férias de verão dos italianos e que acabou por não motivar os eleitores. Por isso mesmo, a abstenção deste domingo deve ultrapassar os 30%, um recorde para o país.
Os italianos justificam a decisão de não votar com o desinteresse na política ou por não se reconhecerem na oferta política nesta corrida legislativa. Aos abstencionistas por opção, juntam-se os abstencionistas impostos pelo sistema eleitoral que não permite o voto por procuração. Há pelo menos cinco milhões de eleitores impedidos de votar, porque por motivos de estudos ou trabalho se encontram longe das suas assembleias de voto.
O novo Governo irá substituir a coligação liderada pelo primeiro-ministro cessante Mário Draghi, que renunciou em Julho passado, fazendo cair o Governo, depois de o Movimento 5 Estrelas ter decidido abandonar a coligação governamental.
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