Chilenos votam referendo sobre nova Constituição
Este domingo é dia de referendo no Chile, os chilenos são chamados às urnas para aprovar ou chumbar a nova Constituição. O texto foi amplamente debatido e a população encontra-se polarizada.
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Paridade e direitos sociais garantidos, reconhecimento de um estado plurinacional e até a regionalização são algumas das propostas deste documento considerado progressista pelos observadores internacionais. Todavia, internamente está longe de ser um documento unânime.
O texto constitucional reflecte o peso da esquerda e das forças progressistas que dominam a Assembleia Constituinte, eleita em Maio de 2021.
O documento traz avanços e inovações que o fazem único no mundo, como o reconhecimento expresso da crise climática, introduz um longo catálogo de direitos sociais que passam a estar garantidos à população e reconhece oficialmente a existência de onze “povos e nações originárias”, garantindo-lhes amplos direitos políticos.
Os analistas dizem que a obrigatoriedade do voto torna o quadro mais complicado, todavia se o “não” à nova Constituição vencer, o Chile pode voltar a mergulhar numa crise política.
A actual Constituição chilena data de 1980, redigida durante a ditadura de Augusto Pinochet. Foi parcialmente revista em 2005.
Ana Figueiredo, professora universitária em Santiago, capital do Chile, sublinha que este será um dia longo e que de acordo com as notícias os chilenos estão mobilizados.
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