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Aquecimento global

Clima: limitar o aquecimento global “é agora ou nunca”

O Grupo Intergovernamental de Peritos sobre as Alterações Climáticas (GIEC) publicou esta segunda-feira o último volume do 6° relatório. Diz o documento que medidas drásticas devem ser adoptadas para limitar a 1.5°C o aquecimento global e propõe a redução da utilização de combustíveis fosseis, a plantação de florestas e, também, a redução de consumo de carne.

O Grupo Intergovernamental de Peritos sobre as Alterações Climáticas (GIEC) publicou esta segunda-feira o último volume do 6° relatório.
O Grupo Intergovernamental de Peritos sobre as Alterações Climáticas (GIEC) publicou esta segunda-feira o último volume do 6° relatório. © AFP/ Odd Andersen
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O Grupo Intergovernamental de Peritos sobre as Alterações Climáticas (GIEC) publicou esta segunda-feira o último volume do 6° relatório. O objectivo é avaliar as possibilidades para abrandar o aumento das temperaturas. As vias para o sucesso são conhecidas, mas falta vontade política, dizem taxativamente os peritos. O pico das emissões deve ser atingido dentro de três anos para que não se ultrapasse o aumento do aquecimento em 1,5°.

É como se fosse o livro sagrado do clima, que alerta, todos os seis a oito anos, sobre a progressão das alterações climáticas. Diz este documento que medidas drásticas devem ser adoptadas para se atingir o limite a 1.5°C do aquecimento global. O GIEC propõe a redução considerável da utilização de combustíveis fosseis, a plantação de florestas e, também e redução de consumo de carne.

Para o organismo que venceu o Prémio Nobel da Paz em 2007, o objectivo de limitar o aquecimento global a 1.5°C vai provavelmente fracassar e o aumento das temperaturas atingirá cerca de 3.2°C até ao fim do século.

“Saímos da COP 26 e Glasgow optimistas, tendo em conta as novas promessas e os novos compromissos”, sublinhou António Guterres à saída do relatório, “todavia, os compromissos adoptadas em favor do clima vão levar a um aumento de 14% das emissões e a maior parte dos maiores emissores nem sequer tomou decisões para honrar essas promessas”, trata-se nas palavras do secretário-geral das Nações Unidas de “um catálogo de promessas vazias que conduzem para um mundo inabitável”.

 “Alguns Governos e empresas dizem uma coisa e fazem outra. Em linguagem mais simples, eles mentem”, afirmou António Guterres que qualificou o novo relatório do GIEC de “devastador”.

Diz o GIEC que apenas diminuições espectaculares e com efeitos imediatos nas emissões poderão ter reflexos no clima. É preciso que as reduções sejam levadas a cabo por todos os sectores, da agricultura aos transportes, passando pela energia e construção.

Além disso, é preciso plantar arvores e desenvolver tecnologias capazes de captar o CO2 enviado para a atmosfera. “É agora ou nunca”, advertiu Jin Skea, que co-redigiu o relatório do GIEC.

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