25 da Abril: Marcelo apela a olhar para o passado sem complexos nem intolerâncias
Na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou que é necessário retirar lições do passado e assumi-lo, nomeadamente da Guerra Colonial, "sem autojustificações nem autoflagelações”.
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No discurso de encerramento da sessão solene, o Presidente português sublinhou haver hoje uma “densidade personalista, de respeito da dignidade da pessoa humana, da condenação da escravatura e do esclavagismo, na recusa do racismo e das demais xenofobias que se foi apurando, representando um avanço cultural e civilizacional irreversível”.
Marcelo sublinhou que “continua a ser complexo entendermos tantos olhares do fim do século XIX, quando os impérios esquartejaram a régua e esquadro o continente africano”. Por isso, diz o chefe de Estado, é preciso "precaução" neste revisitar da História.
O Presidente da República recordou, no seu discurso do 25 de Abril, o passado colonial de Portugal e pediu que se faça "história da História" e que se "retire lições de uma e de outra, sem temores nem complexos, com a natural diversidade de juízos própria da democracia. Mas que se não transforme o que liberta, e toda a revisitação, por mais serena liberta ou deve libertar, em mera prisão de sentimentos, úteis para campanhas de certos instantes, mas não úteis para a compreensão do passado, a pensar no presente e no futuro".
Na sessão solene comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril, na Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa apelou ainda para "que os anos que faltam até ao meio século do 25 de Abril sirvam a todos nós para trilharmos um tal caminho, como a maioria dos portugueses o tem feito nas décadas volvidas, fazendo de cada dia um passo mais no assumir as glórias que nos honram e os fracassos pelos quais nos responsabilizamos, e bem assim no construir hoje coesões e inclusões e no combater hoje intolerâncias pessoais ou sociais".
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