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Estados Unidos

Relatório da CIA implica Príncipe herdeiro do trono na Arábia saudida de ter validado assassínio de jornalista

A CIA divulgou ontem um relatório no qual Washington acusa o Príncipe herdeiro, Mohammed ben Salman, de ter "validado", o assassínio do jornalista saudita, Jamal Khashoggi, em 2018, em Istambul. Segundo ainda o documento, O Príncipe saudita tem total controlo dos serviços secretos e de segurança no país, que é improvável que uma tal operação não tenha tido sua luz verde. Mas Washington, divulgou uma lista sancionando 76 sauditas inclusivé próximos do Príncipe, Salman, cujo nome, ficou no entanto de fora. 

Relatório da CIA implica Príncipe herdeiro do trono na Arábia saudida de ter validado assassínio de jornalista
Relatório da CIA implica Príncipe herdeiro do trono na Arábia saudida de ter validado assassínio de jornalista Fayez Nureldine AFP/File
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Os Estados Unidos tornaram ontem público o relatório da CIA acusando o Príncipe da Arábia saudita de ter validado o assassínio do jornalista saudita, Jamal Khashoggi , e sancionaram certos dos seus próximos, sem irem até à punição do poderoso dirigente saudita, na esperança de evitar uma ruptura com esse aliado estratégico. 

Riade, rejeitou totalmente "as conclusões falsas e nocivas" do relatório dos serviços secretos americanos, fazendo no entanto votos de prosseguir com a parceria "sólida e forte" com  Washington.

"O Príncipe herdeiro da Arábia saudita, Mohammed ben Salmane, validou uma operação em Istambul, na Turquia, para capturar ou matar o jornalista saudita,  Jamal Khashoggi", em 2018, lê-se no relatório da CIA, desclassificado pelo novo Presidente americano, Joe Biden, documento mantido em segredo, durante a era de Donald Trump. 

O relatório sublinha que o jovem dirigente saudita, sob as iniciais, MBS, tinha controlo absoluto dos serviços de informações e de segurança, o que tornava "improvável" uma tal operação sem luz verde dele. 

Nome do Príncipe herdeiro Salmane não figura na lista dos sancionados por Washington

O documento contém cerca de 20 nomes implicados na operação, nomeadamente, o ex-número 2 da secreta saudita, Ahmed al-Assiri, próximo de MBS, e ex-conselheiro do Príncipe, Saoud al-Qahtani, todos ilibados pela justiça saudita.

Agora com o relatório da CIA, a administração americana, anunciou sanções financeiras contra o general Assiri e contra a força rápida de intervenção, que dá protecção ao Príncipe, com supervisão de Saoud al-Qahtani, uma força largamente implicada no assassínio do jornalista Jamal Khashoggi.

Por seu lado, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, proíbiu a entrada nos Estados Unidos, a 76 sauditas, acusados de ter atacado o jornalista e outros dissidentes, mas o Príncipe, não figura na lista.

"Os Estados Unidos não impoem sanções a dirigentes mais altos de países com os quais tem relações diplomáticas", justificou o departamento de Estado americano.

"As relações com a Arábia saudita são importantes", disse, Antony Blinken. As medidas anunciadas, são precisamente para não haver uma ruptura nas relações mas para recalibrá-las", sublinhou, Blinken.

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Relatório da CIA implica Príncipe herdeiro do trono na Arábia saudida de ter validado assassínio de jornalista

 

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