Manifestações na capital Tbilissi após prisão do chefe da oposição na Geórgia
A oposição apelou hoje à manifestação na Geórgia após a prisão do chefe da oposição Nika Melia nas instalações do seu partido, movimento nacional unido. Os aliados americano e britânico mostraram-se chocados com a situação e apelaram à libertação do chefe da oposição de manifestantes.
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Na Geórgia, Nika Melia chefe do principal partido, da oposição Movimento nacional unido, assim como centenas de militantes opositores e manifestantes.
A polícia de choque fez uso de gás lacrimonégeo contra milhares de opositores que se encontravam em frente à sede do partido da oposição.
A operação da polícia georgiana foi imediatamente denuncida pelos aliados americano e britânico da Georgia; a embaixada americana em Tbilissi afirmou num comunicado estar profundamente preocupada com a prisão do chefe da oposição.
Por seu lado, o embaixador britânico, Mark Clayton, disse na sua conta Twitter estar chocado com as cenas de violência na sede do principal partido da oposição.
O ministério do Interior reagiu dizendo ter havido uso proporcional da força e que a polícia interveio com meios específicos durante a operação.
Observadores consideram que a prisão duma tal figura de primeiro plano pode agravar a a situação na Geórgia onde se instalou uma crise política desde as legislativas de outubro marcadas por fraudes eleitorais.
A libertação dos presos políticos e eleições parlamentares antecipadas são a única saída possível da crise, disse Mamouka Khazaradzé, chefe do partido Lelo.
A operação policial surge após a demissao na quinta-feira do primeiro ministro, Giorgi Gakharia, que se referiu a um desacordo no seio do partido no poder sobre a prisão do opositor, Melia.
Melia é acusado de ter instigado à violência durante manifestações em 2019 podendo ser condenado a uma pena de 9 anos de prisão.
Mas Melia, denuncia a sua detenção como um acto de natureza política.
Logo na segunda-feira, depois de ter sido confirmado pelo parlamento, o novo primeiro ministro Irakli Garibachvili, indicou que o chefe da oposição Melia ia ser preso e que não escaparia à justiça.
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