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Rússia/Navalny

Rússia detenções: França denuncia ataque "insuportável" ao Estado de direito

Mais de 3.400 pessoas foram detidas, ontem, na Rússia, nos protestos pela libertação do opositor Alexei Navalny. Ong’s denunciam detenções políticas, os EUA criticam os "métodos brutais" usados pela polícia e a França fala num "desvio autoritário" e num ataque "insuportável" ao Estado de direito.

Mais de 3.400 pessoas foram detidas, ontem, na Rússia, nos protestos em mais de 80 cidades exigindo a libertação do opositor Alexei Navalny.
Mais de 3.400 pessoas foram detidas, ontem, na Rússia, nos protestos em mais de 80 cidades exigindo a libertação do opositor Alexei Navalny. AP - Pavel Golovkin
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Mais de 3.400 pessoas foram detidas, ontem, na Rússia, nos protestos em mais de 80 cidades exigindo a libertação do opositor Alexei Navalny. Várias organizações não-governamentais já denunciam detenções políticas, os Estados Unidos da América criticam os "métodos brutais" usados pela polícia russa e a França fala num "desvio autoritário" e num ataque "insuportável" ao Estado de direito.

No programa "Questions Politiques", na rádio France Inter, do grupo France Télévisions e do diário Le Monde, Jean-Yves Le Drian, ministro dos Negócios Estrangeiros francês, considerou que as detenções de sábado na Rússia, durante manifestações ao apoio a Alexei Navalny, são um "desvio autoritário" e um ataque "insuportável" ao Estado de direito.

"Considero esta deriva autoritária muito perturbadora [...] o enfraquecimento do Estado de direito por estas detenções, colectivas e preventivas, é insuportável", palavras do chefe da diplomacia francesa.

Também o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, lamentou “as detenções massivas” e o “uso desproporcional da força” no decurso dos protestos de sábado na Rússia para exigir a libertação do opositor Alexei Navalny. O Alto Representante para a Política Externa europeia anunciou, ainda, que os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão reunir-se na segunda-feira para "ponderar as medidas" para pressionar a Rússia a libertar o líder da oposição.

Criticas igualmente por parte dos Estados Unidos que instaram "as autoridades russas a libertar todos aqueles que foram presos por exercerem os seus direitos fundamentais e a libertar imediata e incondicionalmente Alexei Navalny". O porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price, num dos primeiros comentários feitos sob a nova Presidência de Joe Biden, sublinhou que Washington condena “fortemente o uso de métodos brutais contra manifestantes e jornalistas este fim-de-semana em cidades de toda a Rússia".

A administração norte-americana acrescenta que “as contínuas tentativas de suprimir o direito dos russos de se reunirem pacificamente e de suprimir a liberdade de expressão, a detenção do político da oposição Alexei Navalny e a subsequente repressão das manifestações são indícios preocupantes de novas restrições à sociedade civil e às liberdades fundamentais".

As manifestações de ontem foram convocadas para dezenas de cidades russas depois da detenção de Alexei Navalny. O opositor russo foi detido ao voltar à Rússia no dia 17 de Janeiro, depois de cinco meses de convalescença na Alemanha devido a um envenenamento, acusado de violar as medidas de controlo judicial, por sair do país quando estava em liberdade condicional relacionada com outro processo na justiça russa. 

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