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Estados Unidos

Estados Unidos humilhados na ONU sem votos de parceiros para reforçar sanções contra Irão

Washington foi ontem humilhado quando tentou aprovar uma resolução propondo uma extensão do embargo sobre a venda de armas ao Irão no conselho de segurança da ONU. Todos os parceiros europeus, nomeadamente, a França, abstiveram-se. O chefe da diplomacia americana já reagiu denunciando a incapacidade do conselho de segurança em promover a paz e a segurança, o que é imperdoável. 

Estados Unidos não conseguiram votos de parceiros na ONU  para sancionar o Irão. Na foto Mike Pompeo denuncia incapacidade de parceiros
Estados Unidos não conseguiram votos de parceiros na ONU para sancionar o Irão. Na foto Mike Pompeo denuncia incapacidade de parceiros AFP/File
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Teerão clama por vitória após a rejeição por uma maioria esmagadora do conselho de segurança da ONU duma resolução americana que pedia uma extensão do embargo sobre a venda de armas ao Irão.

Dos 15 membros do conselho de segurança, apenas dois, os Estados Unidos e a República Dominicana, votaram a favor da resolução. Mesmo o Reino Unido que tradicionalmente vota sempre com os Estados Unidos, absteve-se como a França e os outros países europeus.  

Tal demonstra que há uma divisão entre Washington e os seus parceiros europeus desde a chegada ao poder de Trump que retirou os Estados Unidos do acordo sobre o nuclear iraniano em 2018.

Para o Presidente do Irão, Hassan Rohani, os Estados Unidos não conseguiram ter sucesso para acabar com o que ele chama o "acordo meio vivo" de 2015 com as grandes potências em troca duma redução do seu programa nuclear.

Washington denuncia incapacidade do conselho de segurança

Por seu lado, o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeu, reagiu denunciando a "incapacidade do conselho de segurança em agir de maneira decisiva  para defender a paz e a segurança internacionais, o que é imperdoável".

Também o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, denunciou isso como uma desgraça, sublinhando, que a "decisão vai destabilizar ainda mais o Médio oriente e a propagação da violência no mundo vai aumentar", devido à postura do conselho de segurança da ONU.

Os detractores de Donald Trump, viram a resolução como uma acção de propaganda em pleno período de campanha para as eleições presidenciais americanas de novembro.

Ontem, o Presidente americano, Trump, tinha insistido numa conversa telefónica com o presidente francês, Macron, sobre a necessidade da França votar com os Estados Unidos a resolução contra o Irão.

Analistas dizem que as relações dos Estados Unidos com os seus parceiros europeus podem piorar. 

01:06

Reportagem de João Matos

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