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União Europeia

Conselho Europeu: falta de acordo "será uma péssima notícia" para a Europa

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia discutem o plano de recuperação e relançamento da Europa face à crise da covid-19, com o fantasma do falhanço a pairar na capital belga.

Stefan Lofven, primeiro-ministro da Suécia (esq.) e António Costa, primeiro-ministro de Portugal (drt), durante o Conselho Europeu que decorre em Bruxelas. 18/07/20
Stefan Lofven, primeiro-ministro da Suécia (esq.) e António Costa, primeiro-ministro de Portugal (drt), durante o Conselho Europeu que decorre em Bruxelas. 18/07/20 AFP - FRANCOIS LENOIR
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Terceiro dia do Conselho Europeu que decorre em Bruxelas, com a possibilidade de acordo cada vez mais longe no horizonte.

Apesar da “boa vontade” dos 27, “é possível que não se chegue a nenhum resultado hoje”, começou por avançar a chanceler alemã Angela Merkel à chegada à cimeira neste dia que é considerado de “decisivo”.

Por seu lado, o Presidente francês Emmanuel Macron, que defende este plano, advetiu que os compromisso “não serão feitos à custa da ambição europeia”: “Há vários dossiers em cima da mesa para serem fechados e o primeiro é a questão do estado de direito que está no cerne deste orçamento, a segunda prende-se com o fundo de recuperação e da sua gestão e, por fim, o montante desse fundo, onde existem divergências. 

Estes são os principais assuntos do dia e sobre os quais temos que encontrar um bom compromisso nas próximas horas. Penso que ainda é possível. Mas estes compromissos não serão feitos à custa da ambição europeia.

Do montante global do fundo, ao equilíbrio entre empréstimos e subvenções, passando pela supervisão dos fundos transferidos ou um mecanismo que ligue as subvenções ao respeito pelo Estado de direito dos países beneficiários, são alguns dos pontos de divergência.

A unanimidade necessária dos 27 estados-membros torna estes compromissos particularmente difíceis. A proposta inicial tinha por base um Fundo de Recuperação pós-pandemia de 750 mil milhões de euros e o Quadro Financeiro Plurianual da União para 2021-2027 de 1,07 mil milhões de euros.

À partida para o terceiro dia de Conselho Europeu, o primeiro-ministro português António Costa disse esperar um compromisso sobre o plano de resposta europeia à crise da Covid-19 e alertou que a falta de acordo "será uma péssima notícia" para a Europa e “um péssimo sinal para todos os agentes económicos e para os europeus”.

Falando especificamente sobre os países frugais (Países Baixos, Áustria, Suécia e Dinamarca) que são os principais opositores às propostas em discussão, António Costa sublinha que "também têm de fazer algum esforço, porque até agora todos os movimentos que têm sido feitos, têm sido feitos em direcção a esses quatro países. Não podemos chegar à situação onde a proposta merece o apoio dos quatro mas a oposição dos outros 23”.

 

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