Entrou em vigor em França aplicação Stopcovid para ajudar no combate ao coronavírus
Em França entrou hoje em vigor a nova aplicação Stopcovid para combater a pandemia do novo coronavírus. A ferramenta tecnológica pode ser descarregada nos telemóveis sem qualquer imposição, mas o secretário de Estado para o Digital, declarou, que o governo "deseja que um máximo de pessoas" faça esse gesto sobretudo nas cidades.
Publicado a: Modificado a:
Para ajudar a controlar a propagação do coronavírus, entrou hoje em vigor em França a aplicação Stopcovid que pode ser descarregada de livre arbítrio sem qualquer imposição nos telemóveis.
Mas o secretário de Estado para o Digital, Cédric O, declarou, que o governo "deseja que um máximo de pessoas" descarregue o aplicativo, precisando que os habitantes das cidades são prioritários porque é onde o vírus tem mais circulação.
Na hipótese de haver uma segunda onda do coronavírus muito temida,o governo já preveniu que medidas de reconfinamento serão tomadas, nomeadamente, restrições de circulação impostas a nível local.
De notar que vários países estão a adoptar esta medida tecnológica do tipo Stopcovid, para precisamente tentar evitar uma nova vaga do vírus, já que a aplicação faz o cadastro dos contactos dos telemóveis.
O objectivo é alertar um utilizador de um contacto com uma pessoa contaminada pelo coronavírus.
Governos e empresas tecnológicas versus vida privada
Mas este Big brother tecnológico suscita numerosos debates, tanto sobre a sua eficácia como sobre o seu respeito pela vida privada. É uma tecnologia que serve para prevenir mas que tem também o seu lado mau porque pode denunciar pessoas.
Por exemplo, para se saber quem esteve com um infectado, há dois métodos bem distintos, o Bluetooth, uma tecnologia de comunicação entre aparelhos electrónicos próximos um do outro e a geolocalização que permite recolher dados sobre as deslocações de um indivíduo.
A geolocalização não é aconselhada pela União europeia que considera que tal coloca "problemas de segurança e de respeito da vida privada".
Aliás, é uma das críticas feitas à aplicação paneuropeia, PEPP-PT, desenvolvida por 130 cientistas de 8 países, que previa armazenar dados pessoais num servidor central que poderiam ser utilizados pelos governos para espionar pessoas.
Neste debate é igualmente difícil contornar as empresas Apple e Google proprietárias dos dois sistemas de exploração em vigor "iOS e Android" que têm de dar o seu acordo para pôr a comunicar telemóveis das duas galáxias entre si.
De notar enfim, que entre vários outros países, a China, onde teve origem este novo coronavírus, já dispõe de vários aplicativos para indicar o nível de risco duma pessoa segundo o seu histórico de viagem e seus encontros com potenciais infectados.
Também neste caso em colaboração com os gigantes chineses da Net, Alibaba ou Tencent, que trabalham com aplicações, telemóveis, publicidade e comércio online ou electrónico.
Como os americanos têm os GAFA, para Google, Apple, Facebook e Amazon, os chineses têm os BATX, Baidu, Alibaba, Tencent e Xiaomi.
Aplicação Stop-Covid em funcionamento em França
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro