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França

Entrou em vigor em França aplicação Stopcovid para ajudar no combate ao coronavírus

Em França entrou hoje em vigor a nova aplicação Stopcovid para combater a pandemia do novo coronavírus. A ferramenta tecnológica pode ser descarregada nos telemóveis sem qualquer imposição, mas o secretário de Estado para o Digital, declarou, que o governo "deseja que um máximo de pessoas" faça esse gesto sobretudo nas cidades.  

Entrou em vigor em França aplicação Stopcovid para ajudar no combate ao coronavírus
Entrou em vigor em França aplicação Stopcovid para ajudar no combate ao coronavírus Olivier DOULIERY / AFP
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Para ajudar a controlar a propagação do coronavírus, entrou hoje em vigor em França a aplicação Stopcovid que pode ser descarregada de livre arbítrio sem qualquer imposição nos telemóveis.

Mas o secretário de Estado para o Digital, Cédric O, declarou, que o governo "deseja que um máximo de pessoas" descarregue o aplicativo, precisando que os habitantes das cidades são prioritários porque é onde o vírus tem mais circulação.

Na hipótese de haver uma segunda onda do coronavírus muito temida,o governo já preveniu que medidas de reconfinamento serão tomadas, nomeadamente, restrições de circulação impostas a nível local. 

De notar que vários países estão a adoptar esta medida tecnológica do tipo Stopcovid, para precisamente tentar evitar uma nova vaga do vírus, já que a aplicação faz o cadastro dos contactos dos telemóveis.

O objectivo é alertar um utilizador de um contacto com uma pessoa contaminada pelo coronavírus.

Governos e empresas tecnológicas versus vida privada 

Mas este Big brother tecnológico suscita numerosos debates, tanto sobre a sua eficácia como sobre o seu respeito pela vida privada. É uma tecnologia que serve para prevenir mas que tem também o seu lado mau porque pode denunciar pessoas. 

Por exemplo, para se saber quem esteve com um infectado, há dois métodos bem distintos, o Bluetooth, uma tecnologia de comunicação entre aparelhos electrónicos próximos um do outro e a geolocalização que permite recolher dados sobre as deslocações de um indivíduo.

A geolocalização não é aconselhada pela União europeia que considera que tal coloca "problemas de segurança e de respeito da vida privada". 

Aliás, é uma das críticas feitas à aplicação paneuropeia, PEPP-PT, desenvolvida por 130 cientistas de 8 países, que previa armazenar dados pessoais num servidor central que poderiam ser utilizados pelos governos para espionar pessoas.

Neste debate é igualmente difícil contornar as empresas Apple e Google proprietárias dos dois sistemas de exploração em vigor "iOS e Android" que têm de dar o seu acordo para pôr a comunicar telemóveis das duas galáxias entre si.

De notar enfim, que entre vários outros países, a China, onde teve origem este novo coronavírus, já dispõe de vários aplicativos para indicar o nível de risco duma pessoa segundo o seu histórico de viagem e seus encontros com potenciais infectados.

Também neste caso em colaboração com os gigantes chineses da Net, Alibaba ou Tencent, que trabalham com aplicações, telemóveis, publicidade e comércio online ou electrónico.

Como os americanos têm os GAFA, para Google, Apple, Facebook e Amazon, os chineses têm os BATX, Baidu, Alibaba, Tencent e Xiaomi.

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Aplicação Stop-Covid em funcionamento em França

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