Mali votou numa segunda volta das legislativas sob violência e coronavírus
Os malianos foram ontem a votos no quadro duma segunda volta das eleições legislativas. Registaram-se vários incidentes no norte e no centro, com o presidente de uma assembleia de voto a ser raptado, fortes indícios de fraude e violência dos jiadistas, tudo sob o espectro da pandemia do coronavírus.
Publicado a:
A segunda volta das eleições legislativas de ontem no Mali ficaram marcadas por incidentes no centro e norte do país com eleitores impedidos de votar num contexto de violência jiadista.
Continua a contagem dos boletins de votos e os primeiros resultados provisórios são esperados ainda esta semana.
Mas segundo a plataforma de organizações "Synergie", a taxa média de participação ontem à noite era de apenas 23,22%, enquanto em certas zonas do norte do país houve taxas de mais de 90% o que indicia fraude eleitoral.
Paralelamente, registaram-se vários incidentes no centro, com o presidente de uma assembleia de voto a ser raptado, o mesmo acontecendo com membros da comissão eleitoral por homens armados.
Raptos, violência jiadista e coronavírus nas legislativas
Foi na mesma região do centro que Soumaïla Cissé, chefe da oposição tinha sido raptado durante a campanha da primeira volta destas legislativas.
Primeiro, concentrada no norte assaltado pela rebelião independentista, a crise securitária piorou com a chegada dos jiadistas no país em 2012.
Assim, a violência dilacera quotidianamente o centro e norte do Mali e os países vizinhos Burkina Faso e Niger.
Durante as duas campanhas 25 militares foram mortos em operações reivindicadas por um grupo local afiliado ao Al Qaeda.
Enfim, a acrescentar a esta crise, veio a pandemia do coronavírus. prejudicando o bom desenrolamento destas eleições no Mali.
Legislativas conturbadas no Mali
.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro