Malianos votam para renovar a Assembleia nacional num clima de tensão
Os malianos votam hoje nas eleições legislativas num quadro de tensão devido à pandemia do coronavírus após a morte da primeira vítima registada no país assolado igualmente pela violência em várias partes do território sobretudo no norte.
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Os eleitores devem renovar os 147 assentos do Parlamento, durante duas voltas, hoje e no dia 19 de abril, tudo neste período da epidemia, a persistência da violência e o rapto do líder da oposição.
"Vim votar com o medo na barriga e como estão a ver não há muita gente", declarou um professor de 34 anos, Souleymane Diallo, numa mesa de voto,na capital, Bamaco.
"Não se pode dizer que haja uma grande afluência às urnas a meio da tarde", reconheceu, o Primeiro minsitro, Boubou Cissé, depois de ter votado numa escola do bairro de Badalabougou da capital.
Assim, o primeiro ministro, aproveitou para apelar os malianos a votar para que haja uma taxa de participção satisfatória e respeitar as indicações dos serviços sanitários, para combater a epidemia.
"As eleições legislativas foram mantidas para evitar que tenhamos uma crise política suplementar às dificuldades de segurança e sanitárias," sublinhou o primeiro ministro.
O mandato da Assembleia formada após as eleições de 2013, que deram uma larga maioria ao partido do Presidente Ibrahim Boubacar Keïta, devia terminar em 2018.
Mas devido à violência dos jiadistas, as legislativas foram adiadas várias vezes.
Uma violência que continua a ponto do líder da oposição Soumaïla Cissé, ter sido raptado por homens armados a poucos dias antes deste escrutínio.
Apesar da presença de forças francesas, mas também regionais e da ONU estarem presentes no Mali, as autoridades malianas não conseguem neutralizar a violência jiadista.
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