Presidente francês Macron quer Coronabonds ou dívida europeia comum
O mundo e a Europa continuam em busca de soluções para combater o coronavírus, com o Presidente francês, Macron, a conceder ontem à noite uma entrevista a três jornais italianos, Corriere de la Serra, La Stampa e La Repubblica. Macron defendeu uma emissão de dívida europeia, a exemplo dos eurobonds, no caso, coronabonds, apelando à solidariedade europeia.
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O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu ontem à noite o recurso à dívida europeia, adoptando o que poderia ser coronabonds, a exemplo dos eurobonds, numa entrevista a 3 jornais italianos no quadro da luta contra o coronavírus.
Macron defendeu uma solidariedade orçamental europeia, face a reticências da Alemanha.
9 países europeus, nomeadamente, a França e a Itália, tinham apelado na quarta-feira a uma emissão de dívida comum a toda a União europeia, pressionando a Alemanha e a Holanda reticentes a uma mutualização das dívidas.
"Não ultrapassaremos esta crise sem uma forte solidariedade europeia ao nível sanitário e orçamental", sublinhou o Presidente Macron a 3 jornais italianos, Corriere de la Serra, La Stampa e La Repubblica.
"Será que a União europeia e a zona euro se resumem apenas a uma instituição monetária e um conjunto de regras flexíveis permitindo a cada Estado agir do seu lado? Ou temos de agir juntos para financiar as nossas despesas, nossas necessidades nesta crise vital"?, perguntou o presidente Macron.
O Presidente francês sugeriu "uma capacidade de endividamento comum ou um aumento do orçamento da União europeia para permitir um verdadeiro apoio aos países mais afectados pela crise do coronavírus."
Face a reticências de países como a Alemanha "não podemos abandonar este combate", insistiu o Presidente Macron.
O "montante é secundário, o que conta é o sinal que enviamos com esse mecanismo duma dívida comum ou orçamento comum a todos".
Perguntado ainda sobre um eventual atraso francês sobre as medidas de confinamento no momento em que a situação se degradava na Itália, o Presidente francês, afirmou que os "sinais não foram de modo nenhum ignorados, e que abordou a questão com seriedade e gravidade" desde que o coronavírus foi desencadeado na China.
Tanto mais "porque a Itália nos precedeu nesta crise pelo que adoptámos em França medidas mais duras logo no começo, sublinhou o chefe de Estado francês,na entrevista aos 3 jornais italianos, Corriere de la Serra, La Stampa e La Repubblica.
Macron defende dívida europeia - João Matos
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