Oposição em França denuncia diploma de aposentação adoptado sem debate
Os partidos da oposição reagiram hoje denunciando o texto da reforma da aposentação adoptado ontem pelo governo do Primeiro ministro francês, Édouard Philippe, recorrendo a um artigo da constituição que bloqueia qualquer debate no Parlamento. A oposição denuncia, o "cinismo", a "pulsão totalitária" ou um "golpe de força" do governo francês.
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A oposição em França denuncia hoje "a pior das soluções", "pulsões totalitárias" ou "golpe de força", reagindo à decisão de ontem do governo de Édouard Philippe, que adoptou o texto da reforma de aposentação, interrompendo o debate que decorria na Assembleia nacional.
O primeiro ministro recorreu ao artigo 49, alínea 3, da Constituição para adoptar o texto, que estava a ser bloqueado pela introdução de centenas de emendas dos deputados.
A atitude do governo, não passa de "um golpe de força", reagiu, hoje, o secretário nacional do Partido comunista, Fabien Roussel, que apelou à mobilização, na terça-feira à tarde, em frente à Assembleia nacional, caso for esse o dia do debate da apresentação de duas moções de censura da direita e da esquerda, contra o texto adoptado.
Por seu lado, o líder da França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, denunciou "pulsões totalitárias do regime", em declarações ao "Journal du Dimanche."
"É o estilo característico de Macron, que despreza as gentes do povo", sublinhou, Mélenchon.
Já para o líder parlamentar da direita, os Republicanos, Damien Abad, "este governo actua no cinismo absoluto e tomar a decisão em plena crise do coronavírus não passa de um cinismo total".
Também a Presidente da União Nacional, Le Pen, denunciou, o "cinismo e um golpe de força do governo".
Enfim, os sindicatos, nomeadamente, a CGT comunista, começaram a apelar à greve durante a semana, para denunciar a adopção da reforma das pensões em França, pelo governo de Édourad Philippe.
O Primeiro ministro, apela por sua vez à concertação social.
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