França: Mobilização elevada no segundo dia de greve dos ferroviários

Segundo dia de greve contra a reforma da SNCF, empresa francesa de caminhos-de-ferro. A mobilização do pessoal indispensável para a circulação de comboios continua elevada, com 74% dos maquinistas em greve.

Mobilização elevada no segundo dia de greve dos ferroviários REUTERS/Jean-Paul Pelissier

Ao segundo dia de greve, a circulação ferroviária continua fortemente perturbada, com elevada mobilização dos funcionários ferroviários indispensáveis para a circulação de comboios. Ao segundo dia de greve, Edouard Philippe, primeiro-ministro francês, adiou a viagem prevista ao Mali para ficar este fim-de-semana em Paris. Uma alteração de agenda ligada à greve da SNCF.

Esta quarta-feira, a participação global na greve, anunciada pela SNCF, era de 29%, ao meio-dia. 74% dos maquinistas está em greve, 77% de controladores e 46% de agentes reguladores de circulação.

Em consequência da contestação dos ferroviários, apenas circulava esta quarta-feira um em cada sete comboios de alta velocidade. O mesmo aconteceu com as ligações regionais, com apenas uma em cada cinco locomotivas a circular.

O primeiro episódio da greve de dois dias em cinco termina amanha de manha, com o “regresso progressivo à normalidade”, segundo a SNCF.

Emmanuel Macron, presidente francês, pediu aos seus ministros para que "continuem a explicar com calma" a reforma, sem "estigmatizarem ninguém".

Entretanto a central sindical dos maquinistas (CGT Cheminots) aceitou participar num debate televisivo com o Governo para debater a reforma da SNCF “proposta contra proposta” para “esclarecer” os franceses.

A CGT Cheminots e três outros sindicatos representativos do grupo (Unsa, SUD e CFDT) têm encontro marcado amanhã de manhã, antes de uma mesa redonda, à tarde, no Ministério dos Transportes sobre a dívida, o financiamento e o estatuto da empresa nacional de caminhos-de-ferro.