As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas por questões sociais que vão desde greves nos caminhos de ferro até novas regras de cobrança de impostos em França. LE MONDE, titula, sociedade nacional dos caminhos de ferro: o projecto de abertura à concorrência. Comboios de empresas concorrentes da companhia nacional francesa poderão entrar nesse mercado a partir de dezembro de 2020, prevê um novo pacto ferroviário.A abertura à concorrência será faseada entre 2023 e 2039. O governo espera quebrar a temperatura alta da febre social, antes da greve de 3 de abril pressentida como muito dura, acrescenta LE MONDE.Também nas universidades muita tensão, escreve ainda o mesmo vespertino, fazendo referência a uma dezena de faculdades bloqueadas ou atravessando sérias perturbações. Enfim, justiça morta, com todo um conjunto de profissões como escrivães e advogados em greve hoje contra o projecto da lei de programação do ministro da justiça, sublinha LE MONDE.Imposto retido na fonte: o que espera os contribuintes, titula LE FIGARO. A contar de 1 de janeiro de 2019, as empresas passarão a descontar directamente os impostos dos empregados na folha de vencimento, mas estão preocupadas e pedem um adiamento desta medida.No seu editorial intitulado a fonte do problema, LE FIGARO, nota que os empresários não estão dispostos a fazer o papel de cobrador de impostos, uma função do estado, vendo nisso, só inconvenientes, devido, nomeadamente, à complexidade fiscal infernal da administração francesa.Salários clientes, eu avalio, tu avalias e vamos beber um copo, titula, LIBÉRATION, sobre um sistema generalizado pelas empresas que pressionam os empregados atingidos nos seus próprios ordenados. LIBÉRATION, chama esta avaliação de a outra guerra das estrelas, com as empresas recorrendo a questionários preenchidos pelos clientes como um instrumento de gestão, atribuindo notas que podem fazer disparar os salários, como perder o seu emprego.Em relação à actualidade internacional, Síria, uma guerra sem fim, titula LE CROIX. A queda provável do bastião rebelde de Ghouta não irá pôr fim à guerra na Síria, onde permanecem múltiplas zonas de tensão. Um mês e meio depois do começo da ofensiva do regime sírio, Ghouta está em vias de passar sob controlo governamental.O regime de Bashar Al Assad controla doravante 55% da Síria, mas de norte a sul subsistem zonas de tensão e rebeldes, curdos e jiadistas escapam ao controlo do poder governamental sírio, nota LA CROIX.L’HUMANITÉ, por seu lado, titula sobre Big Brother em Canebière? Marselha prepara-se para receber, depois da série Netflix, uma segunda superprodução da cadeia de televisão americana CBS sobre a América pós-11 de setembro. Um projecto que prevê um centro de dados privados e públicos para a prevenção da delinquência.O problema é que a CNIL, comissão nacional de informática e liberdades, foi solicitada a intervir por associações que exigem um debate público, alegando que se o projecto for avante teremos uma sociedade de espionagem dos cidadãos, nota L’HUMANITÉ.Sobre a África, LE MONDE, destaca a reeleição do presidente Sissi, no Egipto, que no entanto não conseguiu mobilizar os eleitores. Um jovem afirma desiludido que Sissi foi eleito por 4 anos, mas vai ficar no poder até à morte.Enfim, L’ÉQUIPE, recorda um célebre jogo de futebol entre o Benfica dos tempos de Eusébio e a França, a 31 de março de 1975, em Colombes, que se tornou capital de Portugal, com 30 mil espectadores, e os encarnados a ganhar por 2/0.
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