Bélgica e França reforçam medidas de segurança
As autoridades belgas vão manter as medidas de segurança, mas voltaram a abrir hoje os serviços públicos. O território belga vai manter-se no nível 3 de alerta, o segundo mais grave da escala, sendo que na próxima segunda-feira haverá uma reavaliação da situação.
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Depois de dias intensos com investigações a decorrer no centro da capital belga, Bruxelas vai retomando pouco a pouco a sua normalidade; hoje muitas escolas e estações de metro voltaram a abrir, ainda que só 35 das 69 estações. A segurança foi reforçada com mais 500 agentes para manter a vigilância junto às escolas e nos transportes públicos.
O centro da capital belga continua meio deserto, há lojas fechadas e grandes eventos culturais foram adiados. São poucos os turistas que desafiam a chuva e o frio que se faz sentir como reporta o nosso correspondente em Bruxelas, Vasco Gandra.
Vasco Gandra, correspondente em Bruxelas
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, anunciou no domingo que as forças de segurança decidiram manter o nível de alerta máximo na região de Bruxelas, por considerarem que permanece uma "ameaça séria e iminente" de ataques terroristas.
Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro belga garantiu que as autoridades pretendem reduzir o número de eventos com uma grande concentração de pessoas, com o intuito de manter a população em segurança.
Desde sábado, todas as linhas de metro foram encerradas e as escolas da região de Bruxelas fechadas, aplicando-se a mesma medida às universidades. As medidas foram tomadas por causa da possível ocorrência de atentados como aqueles que tiveram lugar em Paris, no passado dia 13 de Novembro, onde morreram 130 pessoas.
A Bélgica emitiu hoje um mandado internacional de captura de novo suspeito; Mohamed Abrini, tem 30 anos e estará relacionado com Salah Abdelsam, este que é considerado o suspeito principal dos atentados a Paris e que continua em fuga.Mohamed Abrini terá sido visto com Salah Abdeslam a conduzir um carro usado nos atentados de dia 13 de Novembro. Até ao momento na Bélgica, são cinco os suspeitos, com ligação aos atentados de Paris.
Em Paris
Quase 11.000 policiais foram mobilizados para garantir a segurança da conferência da ONU sobre o clima, COP21, que começa na próxima segunda-feira na capital francesa, duas semanas depois dos atentados que fizeram 130 mortos.
Hoje, o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, confirmou a mobilização de 8.000 agentes policiais junto às fronteiras e outros 2.800 serão deslocados para a sede da conferência em Le Bourget, subúrbio norte de Paris. "No contexto de ameaça muito elevada, o êxito da COP21 passa também por uma óptima segurança da reunião internacional", disse Cazeneuve.
No total, 147 chefes de Estado e de Governo são aguardados em 30 de Novembro em Paris para a abertura da conferência.
Crónica do jornalista Leonardo Silva
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