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#Cinéma du Réel

Festival Cinéma du Réel arranca esta sexta-feira em Paris

O Festival Internacional do Documentário Cinéma du Réel, em Paris, começa esta sexta-feira e decorre até 2 de Abril. Há duas co-produções portuguesas, em competição, e um documentário brasileiro, numa secção paralela, que abordam a urgência ecológica.

Cinéma du Réel arranca esta sexta-feira e decorre até 2 de Abril.
Cinéma du Réel arranca esta sexta-feira e decorre até 2 de Abril. © Cinéma du Réel
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Esta sexta-feira, 24 de Março, arranca a 45ª edição do Festival Internacional do Documentário Cinéma du Réel, em Paris, que vai decorrer até 2 de Abril no Centro Pompidou.

Nesta edição, há apenas duas co-produções portuguesas em competição, em 41 filmes, escolhidos entre quase 1700 obras. Trata-se de “Cinzas e nuvens”, de Margaux Dauby, e “Last Things”, de Deborah Stratman.

“Last Things” foi realizado e escrito pela norte-americana Deborah Stratman e fala sobre a evolução e a extinção do ponto de vista das rochas e da geobiosfera onde a vida perdura mesmo que os humanos desapareçam.

O filme passou, nos últimos dias, pelo Festival de Cinema de Berlim e é uma co-produção entre a produtora norte-americana Pythagoras Film, a portuguesa Stenar Projects e a francesa Elinka Films.

Quanto a “Cinzas e Nuvens”, trata-se de uma curta-metragem da realizadora belga Margaux Dauby, que vive entre Bruxelas e Lisboa. O filme, produzido pelo colectivo belga Kokoro Films, acompanha várias mulheres no seu trabalho de vigias em postos de controlo de prevenção de incêndios em Portugal.

Na secção “Front(s) Populaire (s)- L’Esprit de la Terre” [“Frente(s) Populares (s)- O Espírito da Terra”], o filme “ Rejeito”, do brasileiro Pedro de Filippis, mostra a resistência de uma comunidade aos avanços de empresas mineiras depois da mais grave ruptura de uma barragem mineira na história do Brasil.

Esta secção junta filmes que “obrigam a olhar de frente a catástrofe de uma civilização que precipita as formas de vida humana e não humana para o abismo” e a encarar “novas maneiras de conceber a relação com a vida, os laços com os outros e com a terra”.

A secção “Le Monde, Autre” [“O mundo, Outro”] conta com outra participação lusófona, o realizador luso-americano Fern Silva, cujos filmes experimentais já foram exibidos em vários festivais, museus e cinematecas. Nesta secção dedicada “a cineastas situados na tangente do cinema e que conta o mundo de outra forma”, Fern Silva apresenta “Ride Like Lightning, Crash Like Thunder” (2017) e “Rock Bottom Riser” (2021).

Conhecido como um dos festivais de referência no mundo do documentário, o Cinéma du Réel deu, em 2010, o Grande Prémio do Cinema du Réel para "48", da realizadora Susana de Sousa Dias, sobre a tortura durante o Estado Novo. Em 2018, o "Prix International de la Scam" foi para "Terra Franca", a primeira longa-metragem da realizadora portuguesa Leonor Teles, um filme sobre um pescador e uma família portuguesa. Em 2017, Ico Costa venceu o prémio de melhor curta-metragem com o filme "Nyo Vweta Nafta", episódios da vida do quotidiano de alguns moçambicanos entre Inhambane e Maputo.

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