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Basquetebol

Emanuel Trovoada: «Esta geração representa todas as gerações do basquetebol cabo-verdiano»

O Mundial de basquetebol arrancou esta sexta-feira no Japão, nas Filipinas e na Indonésia até 10 de Setembro, com a presença de três países lusófonos: Brasil, Angola e Cabo Verde.

Emanuel Trovoada, treinador de Cabo Verde.
Emanuel Trovoada, treinador de Cabo Verde. © Cortesia FIBA
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O Campeonato do Mundo de basquetebol que decorre em três países começou com uma derrota de Angola por 67-81 frente à Itália num encontro que acabou por ser o primeiro da prova.

A selecção angolana esteve na luta até ao quarto período, em que entrou apenas com quatro pontos de atraso: 57-61, no entanto foi nesse mesmo período que os italianos acabaram por acertar mais e os angolanos terem um pouco menos de sorte perante o cesto.

Angola integra o Grupo A com Itália, República Dominicana e Filipinas, país organizador. Este último sendo o próximo adversário dos angolanos a 27 de Agosto.

Cabo Verde e Brasil entram em acção este sábado

Duas outras selecções lusófonas estão presentes no Mundial: Brasil e Cabo Verde.

A Selecção brasileira de basquetebol nunca falhou um apuramento e vai participar pela 19ª vez no Mundial em 19 edições.

O Brasil, na primeira jornada, vai medir forças com o Irão, este sábado, em território indonésio, numa partida a contar para o Grupo G, onde também se encontram a Espanha e a Costa do Marfim.

Quanto à Selecção cabo-verdiana, ela vai disputar o Campeonato do Mundo de basquetebol pela primeira vez na história.

A estreia está marcada para este sábado, 26 de Agosto, no Japão, frente à Geórgia num encontro a contar para o Grupo F, um agrupamento que integra também a Eslovénia e a Venezuela.

A equipa técnica da Selecção Cabo-Verdiana de Basquetebol.
A equipa técnica da Selecção Cabo-Verdiana de Basquetebol. © Cortesia FIBA

Em entrevista exclusiva à RFI, Emanuel Trovoada, treinador angolano da Selecção cabo-verdiana, afirmou ser um orgulho estar presente nesta prova com Cabo Verde, abordando os objectivos da equipa.

RFI: Estamos na recta final antes do primeiro jogo. Em que estado físico e de espírito estão os jogadores? E como foi a preparação?

Emanuel Trovoada: O estado físico e o espírito do pessoal são bons. Passámos por momentos difíceis, durante a nossa preparação, mas o espírito de grupo é fantástico. Sabemos qual é o nosso lema: onde há união, há vitória. Estamos a viver este momento de grande experiência para todos nós, mas também de grande responsabilidade para Cabo Verde.

RFI: O primeiro jogo é frente à Geórgia. O que é possível fazer frente a este adversário e o que será mais complicado combater: o adversário ou o nervosismo dos seus jogadores?

Emanuel Trovoada: Sabemos que estamos num grupo bastante difícil. Primeiro jogo com a Geórgia, uma equipa lotada de muitos bons jogadores que jogam nas principais ligas europeias. Estamos a preparar bem o jogo, estudando bem. Vamos com as nossas armas e não tememos ninguém. Mas com o sentido sempre de tentar fazer o melhor.

RFI: Depois há Venezuela e Eslovénia, adversários mais complicados ainda do que a Geórgia?

Emanuel Trovoada: A Venezuela é muito parecida connosco, jogadores muito físicos, muito sul-americanos, muito combativos. A Eslovénia para mim é das cinco melhores selecções que aqui estão com o líder deles, Luka Dončić. Mas nós também temos as nossas armas, o Edy, o Iván, o Fidel, o Joel… Jovens também que estão aqui à procura de uma oportunidade de poder mostrar o seu potencial e dignificar as cores do país. 

RFI: Qual é o objectivo da equipa?

Emanuel Trovoada: O nosso objectivo é, jogo após jogo, ir melhorando e ganhando confiança. Também fazendo bons jogos e boas partidas. Vencer claro. Respeitando todos os adversários, mas também temos a consciência que estamos num grupo extremamente difícil. O povo cabo-verdiano é um povo resiliente, lutador, e até ao fim, de cada minuto, iremos lutar pela vitória.

RFI: O que representa para si estar presente no Mundial com este Grupo de trabalho?

Emanuel Trovoada: O que representa para mim é o esforço, a dedicação de muitos anos de basquetebol. Essa paixão enorme que eu tenho pelo basquetebol, de querer aprender, de querer melhorar. Um sonho desde criança. Muitas vezes sonhando como atleta, e depois já nos últimos 30 anos, como treinador. Hoje estar aqui presente no meio destes 32 treinadores, alguns foram jogadores, para mim é um orgulho enorme. Penso que é fruto desse trabalho e dessa dedicação que eu tenho pelo basquetebol. Estar com este grupo de trabalho é fantástico. Desde 2015 nós temos vindo a caminhar juntos. É uma geração que vem trabalhando desde 1999, com o falecido Claude Constantino, a nossa grande inspiração, o Mestre, também com vários jogadores que passaram pela selecção. E agora esta geração, tem sido fantástica. Juntos caminhamos, juntos temos o sentido da responsabilidade que é de ser o país mais pequeno a participar no Campeonato do Mundo, mas vamos também viver e aproveitar esse momento fantástico de podermos conviver com estas estrelas. Vamos mostrar que Cabo Verde é uma equipa com potencial e com muito talento. Aliás, com melhores condições ainda podemos ir repetindo e estar cada vez mais presentes nesta grande montra que é o Mundial. É um prémio enorme para esta geração de jogadores, mas que representa toda a geração do basquetebol cabo-verdiano desde a passada até essa nova geração que está a vir aí, muito talentosa e com muita esperança de um dia poder aqui estar.

 

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Emanuel Trovoada, seleccionador de Cabo Verde 25-08-2023

Emanuel Trovoada, treinador de Cabo Verde.
Emanuel Trovoada, treinador de Cabo Verde. © Cortesia FIBA

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