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Cabo Verde

Governo cabo verdiano apela a concertação após resgatar migrantes

Uma equipa multidisciplinar do governo de Cabo Verde liderada pelo ministério da Saúde continua a acompanhar os 38 sobreviventes resgatados numa piroga em alto mar na segunda-feira passada. A embarcação que tinha partido do Senegal, transportava inicialmente 101 passageiros, tendo sido contabilizados 7 mortos e 56 desaparecidos. 

Filomena Gonçalves, ministra da Saúde de Cabo Verde.
Filomena Gonçalves, ministra da Saúde de Cabo Verde. © Governo de Cabo Verde
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Dos 38 migrantes resgatados com vida numa piroga por um navio de pesca espanhol, a 150 milhas a norte da ilha do Sal, 31 continuam a receber cuidados médicos em tendas instaladas no Porto da Palmeira, e 7 estão internados no hospital Ramiro Figueira, na cidade dos Espargos. 

A ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, em representação do governo, esteve no local e afirmou que as questões migratórias são globais que carecem de cooperação internacional, mas que de momento a palavra de ordem é solidariedade para com os sobreviventes.

“Neste momento a palavra de ordem é solidariedade. Nós assistimos aqui ao desembarque. Nós vimos a actuação humana do barco que os acolheu em alto mar, porque estavam a precisar e neste momento nós temos aqui uma equipa multidisciplinar que tanto nos orgulha, com todas as condições criadas para o acolhimento” avançou a ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, que se mostrou muito sensibilizada com a situação dos resgatados no mar.

“é com muita dor sim, mas as questões migratórias são questões globais que carecem de cooperação internacional, de muita discussão e estratégia global e por aquilo que o Mundo está a atravessar agora, é necessário todas as nações se sentarem à mesa para analisar o que pode ser feito para que não percamos mais vidas no mar”, considerou ainda a titular do pelouro da Saúde.

A governante cabo-verdiana disse que “em termos sanitários, temos todos de abrir os braços e acolher os vivos e enterrar condignamente os mortos. Tudo aquilo que for necessário fazer, vamos fazer para que depois todas as medidas possam ser tomadas”.

De acordo com as autoridades nacionais, a piroga de cerca de 15 a 20 metros de comprimento partiu do Senegal, com 101 pessoas, sendo que dos ocupantes apenas um era de nacionalidade guineense e os restantes 100 senegaleses, de entre eles uma criança de 12 anos e três adolescentes com idade entre os 15 e 16 anos.  

As autoridades cabo-verdianas já contabilizaram 45 migrantes, 38 sobreviventes e 7 mortos que estão em câmara fria para posterior identificação. Até ao momento, não há informações sobre o paradeiro dos restantes 56 ocupantes da piroga que partiu no dia 10 de Agosto, na região de Thiés, no Senegal.

As autoridades senegalesas informaram, em comunicado, que estão a acompanhar a situação dos migrantes resgatados ao largo da ilha do Sal e que já tomaram as providências necessárias para o repatriamento dos sobreviventes “com a maior brevidade possível”.

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