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#Greve de Professores

Angola: Secretário-geral do SINPES denuncia novo ataque contra a sua casa

A casa do secretário-geral do Sindicato Nacional de Professores do Ensino Superior de Angola, Eduardo Peres Alberto, voltou a ser vandalizada na noite de segunda-feira, 16 de Maio. Eduardo Peres Alberto fala em intimidações para que os professores universitários desistam da greve e lembra que o levantamento da paralisação não depende dele.

Protesto do SINPES em Luanda, a 19 de Março de 2022.
Protesto do SINPES em Luanda, a 19 de Março de 2022. AFP - JULIO PACHECO NTELA
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Na noite de segunda-feira, a residência do secretário-geral do Sindicato Nacional de Professores do Ensino Superior de Angola foi atacada, pela segunda vez.

Eduardo Peres Alberto contou que a filha, que ainda recupera de lesões sofridas durante um assalto na via pública, se encontrava a descansar quando ocorreu o ataque: “Comunico que às 20h05, novamente, a minha casa acabou de ser vandalizada por pessoas desconhecidas e o caso foi comunicado imediatamente à polícia, uma vez que a minha filha, que ainda está com saúde débil, se encontrava a descansar no quarto.

O sindicalista angolano considera que ele e a sua família estão a ser vítimas de intimidações para que ele desista da greve. Porém, Eduardo Peres Alberto lembra que o levantamento da paralisação não depende dele.

Por outro lado, Eduardo Peres Alberto denunciou o silêncio da polícia angolana e acusou-a de lentidão e de não ter conseguido, até agora, encontrar os responsáveis pelos ataques à sua residência e pelas mensagens intimidatórias que lhe têm sido enviadas a ele e à sua família.

Persiste o silêncio da Polícia Nacional em apresentar os meliantes. Esses actos são uma prova da falta de segurança e da falta de protecção. Não se pode compreender, num Estado independente, de direito, soberano e democrático, esse tipo de práticas, tendo sempre como exigências, de acordo com as mensagens, o levantamento da greve. A greve não depende do secretário-geral e muito menos da equipa negocial", declarou.

Desde o dia 27 de Fevereiro, o sindicato e o ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação não conseguem chegar a acordo quanto aos aumentos salariais e à atribuição de um seguro de saúde para os professores universitários. Exigências que a tutela tinha garantido constarem no Orçamento Geral do Estado de 2023. Por outro lado, o Governo respondeu de forma positiva à formação contínua dos docentes e aos fundos de investigação científica, dois dos quatro pontos reivindicativos dos professores universitários.

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