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Angola

Enterrados com honras militares restos mortais de quatro dirigentes do MPLA mortos em 1977

Os restos mortais dos quatro dirigentes do partido governante, o MPLA, mortos durante a tentativa de golpe de Estado de 1977, foram hoje, a enterrar, no Cemitério do Alto das Cruzes,em Luanda, tendo direito a honras militares.

João Lourenço pediu desculpas em 2021 pelas execuções sumárias do 27 de Maio.
João Lourenço pediu desculpas em 2021 pelas execuções sumárias do 27 de Maio. © Presidência da República - Angola
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Entre estes quatro comandantes da luta de libertação do MPLA, destaca-se Nito Alves, que liderou esta tendência partidária e que tentou derrubar o Governo do então Presidente, Agostinho Neto.

Os funerais realizam-se depois da Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos ter entregue aos familiares as ossadas dos quatro dirigentes após a sua identificação genética.

A Comissão de Reconciliação foi criada pelo Presidente João Lourenço depois de pedir desculpas públicas às famílias das vítimas dos conflitos políticos que assolaram o país após a independência em 1975.

Angola assinalou este ano 45 anos dos chamados "massacres do 27 de Maio de 1977", um período de dois anos durante o qual milhares de pessoas foram raptadas, torturadas e eliminadas sob a acusação de serem "fraccionistas", ou seja pertencerem à ala do MPLA liderada pelo antigo ministro da administração interna Nito Alves que se opunha à linha política do Presidente da época, Agostinho Neto, e que supostamente teria fomentado uma tentativa de golpe de Estado.

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