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Angola/Cabinda/Detenções

Angola: reprimida manifestação da FLEC-FAC em Luanda, detidos 6 activistas

No dia 1 de Fevereiro de 2021, assinalam-se 136 anos sobre a assinatura do Tratado de Simulambuco, que criou o Protectorado Português de Cabinda e a Frente de Libertação do Estado de Cabinda - Forças Armadas de Cabinda - FLEC-FAC - pretendeu assinalar esta data, manifestando frente à embaixada de Portugal em Luanda, para exigir o envolvimento de Portugal na resolução do conflito que persiste no enclave, pelo menos seis activistas foram detidos e libertados algumas horas depois.

Bandeira da Frente de Libertação do Estado de Cabinda - FLEC, de que pelo menos 6 elementos do núcleo de Luanda foram detidos a 1 de fevereiro, frente à embaixada de Portugal, onde reclamavam o envolvimento no conflito que opõe os independentistas ao governo angolano.
Bandeira da Frente de Libertação do Estado de Cabinda - FLEC, de que pelo menos 6 elementos do núcleo de Luanda foram detidos a 1 de fevereiro, frente à embaixada de Portugal, onde reclamavam o envolvimento no conflito que opõe os independentistas ao governo angolano. cabinda.chez.com
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A polícia angolana iviabilizou esta segunda-feira, 1 de fevereiro e deteve seis ativistas de Cabinda (libertados algumas horas depois), que tentaram realizar uma manifestação em frente à embaixada portuguesa em Luanda, para exigir o envolvimento de Portugal na resolução do conflito que persiste no enclave.

A polícia, que já estava presente em força no local, deteve pelo menos seis activistas, alegando que estão proíbidos os ajuntamentos nas ruas de mais de dez pessoas, devido ao estado de calamidade pública, decretado para tentar travar a pandemia da Covid-19.

A manifestação, proíbida pelo Governo da Província de Luanda, foi marcada para 1 de fevereiro, para assinalar os 136 anos da assinatura do Tratado de Simulambuco, que selou a criação de um protectorado português, através do qual Portugal se comprometeu a manter a integridade dos territórios.

Os independentistas de Cabinda defendem que o território era uma colónia independente de Portugal e deveria ter sido tratada enquanto tal no processo de independência de Angola.

Em contrapartida, Cabinda, o território de onde é extraída a maior parte do petróleo de Angola, tornou-se numa província angolana após o Acordo de Alvor em 1975 é até hoje palco de confrontos armados entre elemetnos da FLEC-FAC e as tropas governamentais angolanas.

Comunicado da FLEC , lido por Jacinto António Télica, secretário-geral da FLEC, Frente de Libertação do Estado de Cabinda.

01:08

Jacinto António, secretário-geral da FLEC

No 136° aniversário da assinatura do Tratado de Simulambuco, a direcção político-militar da FLEC-FAC, exorta a nova administração americana e o Presidente Joe Biden, a apoiar um processso conducente à auto-determinação de Cabinda.

Por ocasião desta data simbólica de 1 de fevereiro 2021, a FLEC-FAC, insta o secretário-geral da ONU, António Guterres, a organizar um referendo de auto-determinação livre e justa em Cabinda.

A FLEC-FAC, sublinha firmemente que o direito à auto-determinação do povo cabinda é um direito fundamental. Cabinda não é província de Angola, mas é um Protectorado Português até hoje.

Ainda estamos optimistas de que a administração do Presidente Joe Biden ajudará a região a resolver essa questão, dentro da estrutura da legalidade internacional.

A FLEC-FAC, apela a comunidade internacional a cumprir as suas responsabilidades históricas para a auto-determinação do povo de Cabinda. O governo português deveria desempenhar um papel importante no seu apoio a este processo. 

Comunicado ofical dos organizadores da manifestação de 1 de fevereiro 2021, frente à embaixada de Portugal em Luanda.

Vídeo Facebook convocando a manifestação 1/02/2021

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