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República Democrática do Congo

RDC: Só Kinshasa aderiu ao protesto "cidades mortas"

Na República Democrática do Congo, o apelo da oposição para paralisar as cidades só foi ouvido significativamente em Kinshasa. Nas outras cidades, a actividade comercial continuou como habitualmente. O objectivo era forçar o presidente a abandonar o poder depois de terminado o mandato, em Dezembro.

Uma das principais avenidas comerciais de Kinshasa, esta manhã.
Uma das principais avenidas comerciais de Kinshasa, esta manhã. Sonia Rolley/RFI
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A jornada teve como lema “cidades mortas”. A oposição queria mostrar que a população pode paralisar e desertar os centros das cidades em protesto contra a vontade do presidente Joseph Kabila em se manter no poder depois de terminado o mandato.

Em Kinshasa, a capital, os transportes públicos estavam às moscas e grande parte das lojas estiveram fechadas, de acordo com jornalistas da AFP. A cidade de cerca de dez milhões de habitantes mergulhou numa inabitual acalmia, com um trânsito fluido de forma quase inédita.

Porém, o apelo não foi ouvido em Lubumbashi, no sudeste do país, onde as actividades continuaram normalmente, nem nas cidades de Beni, Goma e Bukavu no leste, assim como em Kisangani no nordeste.

A jornada acontece um mês após as manifestações para exigir a saída do poder de Joseph Kabila, em que os protestos foram reprimidos pelas autoridades e resultaram em meia centena de mortos, de acordo com a ONU.

Joseph Kabila está no poder desde 2001 e foi reeleito em 2011 num escrutínio altamente contestado. O seu mandato termina a 20 de Dezembro e a Constituição proíbe-o de se recandidatar.  Na segunda-feira, foi concluído um acordo para o adiamento das eleições gerais para Abril de 2018, o que garante ao presidente cessante de se manter no poder até lá. A oposição rejeita o acordo, considerando que a continuação de Kabila na chefia do Estado é uma flagrante violação da Constituição.

Jean-Pierre Bemba considerado culpado de suborno de testemunhas

O antigo vice-presidente da República Democrática do Congo, Jean Pierre Bemba, foi hoje considerado culpado por suborno de testemunhas, apresentação de provas falsas e de falsas testemunhas no processo em que foi condenado por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Em Junho, Bemba foi condenado a 18 anos de prisão por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos na República Centro-Africana entre Outubro de 2002 e Março de 2003.
 

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