Sobe o número de mortes na República Democrática do Congo.
51 civis morreram já na sequência do massacre levado a cabo por rebeldes ugandeses, na noite de sábado para domingo, na zona este da República Democrática do Congo (RDC).
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Os civis foram mortos com catanas, segundo um novo balanço feito pela sociedade civil no Beni.
No entanto, o governo considera que o balanço feito por sindicatos e associações não é "objectivamente confirmável".
O massacre foi atribuído pelo exército aos rebeldes ugandeses e provocou a cólera da população congolesa.
Segundo o movimento associativo, certas familias têm optado por realizar funerais privados, rejeitando colocar os corpos na morgue e enterros realizados pelo governo que acusam de nao ter garantido a segurança necessária das pessoas.
No domingo, o governo decretou três dias de luto nacional e o Beni vivia hoje ao ritmo do luto, sem atividade e com o comércio fechado.
O Presidente Joseph Kabila encontra-se em Goma, na província do Norte-Kivu, onde se realiza uma reunião de segurança e apenas após o encontro deve visitar o Beni. O mesmo deve fazer o primeiro-ministro, Augustin Matata, acompanhado pelo chefe do Estado Maior das Forças Armadas e pelo chefe da polícia .
Reagindo ao massacre, o porta-voz do exército congolês diz que vai ser dado um novo uniforme às unidades em operação no local, devido ao facto de os rebeldes se terem infiltrado nos quartéis das forças congolesas.
Em comunicado, a União Europeia (UE) condena o ataque rebelde na RDC e apresenta as sinceras condolências às vítimas, aos seus entes queridos e ao povo congolês. A UE apela à "cooperação" entre a ONU e as Forças Armadas e polícias congolesas.
Também o Papa Francisco, falando na janela do Vaticano, lamentou o "silêncio vergonhoso" na RDC, que, em seu entender, favorece a perpetuação dos conflitos na zona e a morte de inocentes sem "peso na opinião mundial".
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