RD.Congo: manifestações contra adiamento de eleição presidencial
A calma que prevalecia na manhã de quinta-feira em Kinshasa e Lubumbashi, contrasta com a violência das manifestações organizadas durante a tarde, designadamente na capital e em Goma, no leste da República Democrática do Congo.
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A marcha da oposição destinada a protestar contra o adiamento das eleições gerais foi autorizada em Kinshasa e proibida em Lubumbashi ,segunda cidade no sudeste do país e bastião do opositor e candidato à presidencial,Moïse Katumbi.
As autoridades congolesas proibiram também as manifestações na província do Norte-Kivu. Moïse Katumbi abandonou na passada sexta-feira à RDC, após ter sido confrontado com problemas judiciários que resultaram na sua detenção preventiva.
A marcha da oposição na República Democrática do Congo, visando protestar contra o adiamento das eleições gerais tinha sido autorizada somente em Kinshasa.
Os opositores apelaram para que os congoleses não respeitassem as directivas das autoridades e manifestassem em todas as províncias contra o decreto de 11 de Maio, que autoriza o Presidente cessante, Joseph Kabila a permanecer na vigência do país, no caso de as eleições previstas para Novembro próximo não tiverem lugar, devido à problemas financeiros e logísticos.
O governo considera que os referidos problemas poderão impedir a organização das eleições gerais na data prevista.
Em Kinshasa, milhares de pessoas participaram na manifestação,sem que tivessem ocorrido incidentes. Na província do Norte-Kivu, onde a marcha de Goma não foi autorizada, segundo José Maria Aranaz, director do Bureau das Nações Unidas na RDC, registou-se a morte de uma pessoa e duas outras ficaram feridas. Anaz anunciou também a morte de um polícia, desmentida pelo governador da província do Norte Kivu .
Cerca de 5.000 pessoas manifestaram em Kinshasa exigindo o respeito do prazo constitucional, para a organização da eleição presidencial inicialmente prevista em 2016. O governo congolês solicitou mais uma vez na quarta-feira, uma ajuda financeira aos parceiros da RDC para organizar o processo eleitoral.
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