União Europeia unida e determinada em relação ao Mali
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, reunidos esta quinta e sexta-feira, em Brest, França, mostraram-se unidos e determinados em relação à situação maliana. Os 27 Estados-membros partilham a mesma visão, segundo o chefe da diplomacia europeia Josep Borrell: “A situação não vai na boa direcção e a junta não dá nenhum sinal positivo, pelo contrário".
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Os chefes da diplomacia acordaram “apoio pleno e frente unida com a CEDEAO, a qual mais uma vez salientamos o trabalho feito. Preparamos sanções contra os que estão a travar a transição. Nós mantemos as actividades e as missões de formação e de aconselhamento às forças armadas e às forças de segurança interna malianas. Nós mantemos a suspensão do apoio financeiro.”
O próximo G5 Sahel será seguido de uma reunião da coligação internacional, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês Jean-Yves Le Drian, que ironizou ainda sobre as manifestações desta sexta-feira: “A razão que é utilizada para esticar a transição prende-se com a segurança. Eu penso que se há condições de segurança para as manifestações, deve certamente haver segurança para votar”.
O ministro francês acrescentou, também, que se os europeus mantêm uma presença no Mali, é no quadro da luta contra o terrorismo “e não para outra coisa”.
Esta sexta-feira, os malianos empunharam a bandeira nacional numa manifestação massiva de apoio à junta no poder e contra as sanções da CEDEAO a Bamako.
A população respondeu massivamente ao apelo da junta para se manifestar contra as sanções impostas pela CEDEAO ao Mali. A mobilização foi elevada na capital e no interior do país. Apesar desta demonstração de força, o diálogo não foi quebrado. A junta vai continuar a negociar com as instituições sub-regionais e com países da sub-região para um regresso à ordem constitucional no Mali.
O ministro maliano da Administração Territorial, colonel Abdoulaye Maïga, deve entretanto deslocar-se à Mauritânia, para, juntamente com outros cinco ministros, analisarem a possibilidade de contornarem o embargo que afecta o país e a utilização para importação e exportações dos portos mauritanianos.
Esta mesma delegação maliana, depois de Nouakchott, deverá deslocar-se a Argel precisamente com os mesmos dossiers na bagagem.
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