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Forças Wagner/Mali

Mali: Forças paramilitares russas Wagner já estão no terreno a combater?

No Mali, a presença das forças paramilitares russas Wagner, a combater ao lado do exército maliano é já uma evidência confirmada por várias fontes internacionais. Apesar disso, Bamako nega vigorosamente esta “aliança”.

Wagner
Wagner © @ RFI Mandenkan
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Esta segunda-feira, 3 de Janeiro, ocorreram vários combates perto de Bandiagara, no centro do Mali, e de acordo com fontes internacionais, há relatos de que o exército maliano estava acompanhado por militares do grupo privado russo Wagner no combate aos jihadistas.

De acordo com o jornalista Wassim Nasr, da estação de televisão France 24, que pertence ao mesmo grupo da RFI, existe o registo de várias mortes do lado dos jihadistas.

Recorde-se que, no passado dia 24 de Dezembro, 15 países ocidentais, incluindo a França, Portugal e o Canadá condenaram, numa declaração conjunta, o envio de forças paramilitares russas Wagner para o Mali, numa altura em que o país vive uma situação particularmente delicada a nível social, político e económico.

Estes 15 países condenam a decisão de se usar fundos públicos para pagar mercenários estrangeiros, em vez de se apoiar as forças armadas e os serviços públicos do Mali.

Governo de transição do Mali desmente presença das forças paramilitares russas Wagner

No mesmo dia, o governo de transição, chefiado pelo coronel Assimi Goïta, reunido em conselho superior de defesa nacional, analisou a situação de segurança no Mali.

Por intermédio de um comunicado transmitido pela televisão nacional, o governo maliano desmentiu com vigor o que, o mesmo considerou serem  "alegações de alguns parceiros" sobre a participação de membros da sociedade russa, Wagner, ao lado dos militares do Mali, no combate ao terrorismo.

O governo do Mali rejeitou as acusações e qualificou-as de "rumores" e exigiu que os países ocidentais apresentassem provas independentes, perante as "alegações".

De salientar que a chegada do grupo privado Wagner ao Mali tem gerado o aumento de tensões entre as autoridades de transição e os parceiros internacionais.

O Mali corre o risco de vir a ficar completamente isolado, sem qualquer ajuda por parte da comunidade internacional, se insistir na permanência dos mercenários russos no seu território.

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