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Aulas retomaram em São Tomé e Príncipe após um mês de greve

Em São Tomé e Príncipe, os alunos regressaram esta segunda-feira às aulas. A intersindical de professores ameaça voltar à greve, dentro de 90 dias, se o Governo "não assumir as suas responsabilidades".

Roça Agostinho Neto, São Tomé e Príncipe. 25 de Setembro de 2022.
Roça Agostinho Neto, São Tomé e Príncipe. 25 de Setembro de 2022. LUSA - ESTELA SILVA
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Os sindicatos de professores são-tomenses suspenderam a greve após a assinatura de um acordo com o Governo. As aulas retomaram esta segunda-feira, mas fica no ar a possibilidade de nova greve dentro de 90 dias se o governo não atender às principais reivindicações dos professores.

A paralisação será suspensa em todas as escolas da pré-escolar, básicas e secundárias de São Tomé e Príncipe por um período de 90 dias, a contar do dia 08 de Abril para que durante este período o Governo possa assumir as suas responsabilidades”, anunciou a porta-voz da intersindical, Vera Lombá.

No entanto, o Governo são-tomense, através do ministro do Trabalho, Celsio Junqueira, rejeitou o prazo de 90 dias anunciado pela intersindical.

Nós lamentamos essa falta de boa-fé, falta de seriedade e de honestidade na mesa das negociações porque em nenhum momento foi-nos posto um prazo”, declarou Célsio Junqueira.

Ainda assim, a porta-voz da intersindical sublinhou ganhos como “o respeito, dignificação e valorização dos professores”. “Conseguimos chamar a atenção de toda a sociedade são-tomense, incluindo o Governo, que os professores são uma classe que precisa de atenção.” A sindicalista disse, no entanto, que não foi possível acordo para o aumento de salário de base e que ponto do aumento das horas extraordinárias também não foi satisfeito completamente.

A ministra da Educação, Isabel D’Abreu, alertou para os atrasos causados durante os 38 dias de interrupção lectiva por causa da greve e falou na possibilidade “prorrogação do calendário” escolar para garantir a melhor aprendizagem aos cerca de 80 mil alunos.

A greve dos professores teve início a 1 de Março, com a exigência inicial de aumento do salário base de cerca de 2.500 para 10.000 dobras (quase 100 para 400 euros), que o Governo disse ser impossível, passando as negociações a centrar-se em melhorias de subsídios.

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