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Sao Tomé e Príncipe

Governo são-tomense dá prazo de três dias para professores grevistas assinarem entendimento

Esta quarta-feira, o governo tem a expectativa de encontrar uma solução para a greve dos professores iniciada no mês passado. O Primeiro-ministro, Patrice Trovoada, deve reunir-se esta tarde no Palácio do governo com os representantes da intersindical dos professores. As partes vão trocar os seus pontos de vista para tentar chegar a um consenso.

Primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada,
Primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, LUSA - Inácio Rosa
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Em comunicado, o governo são-tomense anunciou ontem ter enviado um memorando “exaustivamente negociado e aceite pelas partes” para ser assinado pelos sindicatos dos professores no prazo de três dias, sob pena de caducidade, no intuito de se suspender a greve no sector do ensino.

Nesta comunicação, o governo refere que "cerca de 4.000 professores, que reclamam os seus direitos, causam danos incomensuráveis aos direitos de outros, nomeadamente, o direito à educação às cerca de 80.000 crianças e jovens, pais, encarregados de educação e agentes económicos".

Paralelamente, o executivo refere que "continua disponível para discutir o assunto e ajudar a direcção da Intersindical a encontrar formas de mitigação para os constrangimentos sofridos pelos professores e suas famílias, decorrentes das suas responsabilidades, pelo 'decretamento' de greve, por tempo indeterminado”.

A questão prende-se com o salário referente ao mês de Março, que o governo considera não ter a obrigação de pagar, alegando que esta responsabilidade pertence ao sindicato, conforme a lei da greve.

O governo afirma "ter esgotado todas as possibilidades com vista a atribuir novos subsídios, para além do esforço realizado”. Por isso entende que a sua principal preocupação é o rápido regresso às actividades lectivas.

O MLSTP-PSD, através do seu líder, Jorge Bom Jesus, apelou ontem o executivo a encontrar uma rápida solução ao bloqueio. "Esta greve não pode durar ad eternum. É isto que nós pedimos ao Primeiro-ministro: humildade máxima", disse o líder do maior partido de oposição.

Recorde-se que os professores encetaram uma greve no passado dia 1 de Março, para exigir designadamente aumentos salariais e fazer passar o ordenado base de 100 para 400 Euros. Uma eventualidade que o Governo disse ser impossível, as negociações tendo passado a centrar-se em reivindicações de melhorias de subsídios.

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