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Guiné-Bissau

PAIGC qualifica de "abusiva e ilegal" a detenção de dois ex-governantes há mais de 100 dias

O PAIGC reagiu hoje à detenção dos seus dirigentes Suleimane Seidi, ex-ministro da Economia e Finanças, e António Monteiro, ex-secretário de Estado do Tesouro.O partido diz que a detenção de ambos, acusados de corrupção, e que já vai para além de 100 dias, é abusiva e ilegal. 

Suleimane Seidi, ex-ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau.
Suleimane Seidi, ex-ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau. © Facebook
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Em conferência de imprensa, o porta-voz do PAIGC disse que o processo está inquinado e que existe uma manobra política para que os dois ex-governantes não sejam julgados.

O porta-voz do PAIGC, Muniro Conté, afirma que é o Ministério Público que está a emperrar tudo, por estar a obedecer a forças ocultas que nada têm que ver com o processo que envolve Suleimane Seidi e António Monteiro.

"O PAIGC vem através desta declaração, condenar e repudiar todas as tentativas de instrumentalização e politização do caso, exigindo a libertação imediata dos camaradas Suleimane Seidi e António Monteiro e outrossim o PAIGC condena o adiamento, "sine die" do julgamento sem justificações plausíveis, exigindo que o mesmo seja efectuado o mais urgente possível na base de transparência e justiça equitativa", disse o responsável político.

Os dois ex-governantes estão detidos há mais de 100 dias e o seu julgamento que deveria ter lugar no passado dia 11 foi adiado para uma data a marcar.

O colectivo de advogados de defesa de ambos diz que se trata de uma manobra por parte do Ministério Público para não permitir o julgamento. Por seu turno, o Ministério Público acusa os advogados de falta de argumentos para enfrentar as acusações que pesam sobre os dois ex-governantes.

Para o PAIGC, mais do que saber de que lado é que está a verdade jurídica, não existem motivos para que Suleimane Seidi e António Monteiro continuem nas celas, uma vez que já existem acusações definitivas contra ambos.

Recorde-se que os dois ex-governantes foram detidos no passado dia 30 de Novembro, após o Ministério Público considerar que existiam elementos suficientes para eles serem acusados de corrupção. 

Poucas horas depois da sua detenção, na madrugada de 1 de Dezembro de 2023, deu-se uma troca de tiros entre elementos da Guarda Nacional e as Forças Armadas, quando a Guarda tentou retirar os dois ex-governantes das celas da Polícia Judiciária, em Bissau.

Na sequência destes acontecimentos qualificados pelo campo presidencial de "tentativa de golpe de Estado", Umaro Sissoco Embalo dissolveu o parlamento e demitiu o Governo do qual Seidi e Monteiro eram membros. Uma decisão cuja legitimidade e legalidade tem sido colocada em questão pela coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI- Terra Ranka), encabeçada pelo PAIGC, que venceu as legislativas do ano passado.

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